domingo, 19 de agosto de 2012
Pernambuco conversa com cinco empresas solares Estado, que lançou campanha para atrair indústria eólica, também está de olho no potencial do SolPor Lu
O governo de Pernambuco, que acaba de divulgar uma ofensiva para atrair fabricantes de equipamentos eólicos que queiram se instalar no Estado, também pretende conquistar a preferência dos empreendedores do setor solar. Até o momento, cinco companhias que atuam na área demonstraram interesse e têm conversado com autoridades locais.
O secretário executivo de Desenvolvimento de Negócios da secretaria de desenvolvimento econômico, Roberto de Abreu, conta que esses players são todo estrangeiros. “Eles estão esperando para ver se vai ter um leilão (para a contratação de usinas da fonte), se vai ter algo como o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia)”, revela, em referência à iniciativa do governo federal que viabilizou as primeiras usinas a vento do País.
Abreu acredita que a confirmação dos investimentos virá assim que houver alguma sinalização sobre o eventual certame - e destaca que o governo pernambucano tem tomado suas próprias ações para motivar os empresários. Entre elas, estão planos de instalação de placas fotovoltaicas em prédios públicos e na Arena Pernambuco, que receberá jogos da Copa do Mundo de futebol em 2014.
“São iniciativas no sentido de tornar o negócio mais interessante para eles, criar demanda”, explica o coordenador de desenvolvimento de negócios do Complexo Portuário de Suape, Leonardo Coutinho.
Hoje, fabricantes de painéis fotovoltaicos estão isentos de ICMS em todo o País. E, caso desejem se instalar em Pernambuco, poderão ver seus fornecedores também receberem o benefício fiscal.
Outro incentivo é uma redução extra de ICMS, de 5%, para indústrias instaladas no Estado que utilizem energia eólica ou solar. “Estamos conversando com os grandes consumidores de energia para ver qual vai ser a regra do jogo”, adianta Roberto de Abreu, da secretaria de desenvolvimento.
Sustentabilidade Energética Solar e Eólica
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Pernambuco lança política para se tornar líder da indústria de equipamentos eólicos Governo quer atrair empresas de toda a cadeia de fornecimento do s
O Governo de Pernambuco anunciou nesta segunda-feira (13/8) uma ofensiva que tem como objetivo tornar o Estado um polo nacional da indústria de equipamentos para parques eólicos. Vantagens logísticas como o Porto de Suape e incentivos tributários fazem parte da estratégia, que vem sendo desenvolvida há mais de dois anos. Atualmente, estão na região grandes companhias como a Impsa, que produz aerogeradores, e a Gestamp, que fabrica torres; e a LM Eólica já acertou investimento para uma unidade de pás.javascript:void(0)
“O maior potencial eólico está no Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia. E Pernambuco está (geograficamente) bem no meio dessa situação. Estamos em condições de dar suporte, incentivos fiscais e todo tipo de apoio. O setor eólico tem uma atenção muito especial por parte do governo do Estado”, explica Leonardo Cerquinho, coordenador de desenvolvimento de negócios do Complexo Industrial Portuário de Suape.
A iniciativa de Pernambuco é fruto de um projeto de longo prazo que vinha sendo maturado junto à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos do governo federal (Apex). O secretário executivo de desenvolvimento de negócios de Pernambuco, Roberto de Abreu, conta que o Estado foi um dos escolhidos pela Apex para a implantação de “práticas internacionais de atração de investimentos”. Por meio dessa parceria, foram contratados estudos do Banco Mundial e, mais recentemente, da IBM, para traçar as perspectivas e potenciais regionais.
Dentro dessas ações, Pernambuco promove em 27 e 28 de agosto o PE Business Wind. O evento, em Recife, vai apresentar aos investidores oportunidades de negócio para desenvolver um cluster eólico local. Serão divulgados na ocasião os planos e incentivos do governo, ao mesmo tempo em que as empresas eólicas que já estão no Estado falarão sobre suas necessidades de aquisição e requisitos para novos fornecedores. Estarão presentes ainda entidades como BNDES, Finep, a própria Apex e as associações Abeeólica, Abimaq e Abinee.
A intenção dos pernambucanos é atrair não somente grandes fábricas, mas também empresários menores, que atuem no fornecimento de peças e serviços para os players de maior porte - como produtores de tintas para torres eólicas, por exemplo.
Atualmente, de acordo com Roberto de Abreu, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, existem duas empresas que se encaixam nessa faixa de fornecedores secundários que estão em negociação com o Estado e podem assinar acordos de investimento muito em breve.
Vantagens
O estudo da IBM contratado pela Apex para Pernambuco aponta vantagens competitivas do Estado quanto a logística, tributação e custo de mão de obra. Segundo Abreu, o governo também tem apostado em uma abordagem profissional no trato com os investidores. Reuniões solicitadas são marcadas rapidamente e até transporte é viabilizado para que empresários conversem e cheguem a acordos com o Estado.
Na coletiva que revelou a campanha pelo cluster eólico local, Pernambuco trouxe duas empresas que estão no Estado – Impsa e Gestamp – para falar sobre benefícios e listar as características positivas da infraestrutura local.
O diretor industrial da Impsa, Frederico Schlamp, disse aos jornalistas que o Porto de Suape tem se revelado mais atrativo que o de Pecém, em Fortaleza, onde a empresa chegou a cogitar uma unidade. “Em Pecém o porto é aberto e às vezes você teria que ficar um ou dois dias esperando para descarregar por causa de mau tempo. Em Suape é interno, então você chega e desembarca, sem se arriscar a ter que pagar estadia”, detalhou.
Outro ponto é mão de obra. Segundo Roberto de Abreu, todas empresas que assinam acordo para uma unidade no Estado enviam informações sobre suas necessidades de empregados à Secretaria do Trabalho local, que trata de tomar medidas para facilitar a preparação de pessoas capacitadas. “Vemos se existem trabalhadores com o perfil exigido e, se não há, ajudamos”.
*O repórter viajou a convite do governo de Pernambuco.
Por Luciano Costa, de Recife (PE)*
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