quinta-feira, 20 de junho de 2013

AES Eletropaulo investirá R$72 mi no maior projeto de smart grid em área metropolitana Serão instalados 60 mil medidores eletrônicos em unidades residenciais, industriais e comerciais

Crédito: Anderson Baldime
A AES Eletropaulo anunciou nesta segunda-feira (29/04) aquele que será o maior projeto de smart grid do país em região metropolitana. Serão investidos R$72 milhões no desenvolvimento de um novo conceito de distribuição de energia elétrica que tornará, até 2015, a cidade de Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, mais eficiente e “inteligente”. Serão instalados 60 mil medidores eletrônicos, que contemplarão clientes residenciais, industriais e comerciais da região. No total, 250 mil habitantes serão beneficiados.
Do montante a ser investido, aproximadamente a metade do valor está dentro do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), representando a parcela na qual a concessionária tem a obrigação de investir em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Os outros R$35 milhões faz parte de investimento próprio da empresa. A ideia é recuperar os R$72 milhões investidos em oito anos.
Segundo a diretora regional da AES Eletropaulo, Maria Tereza Vellano, Barueri foi escolhida por ser uma cidade que representa a área de concessão da distribuidora paulista, servindo de modelo e experiência para a replicabilidade do projeto para o restante do Estado de São Paulo, no futuro. O consumo anual de energia da cidade passou de 1.092 GWh em 2008 para 1.316 GWh em 2012.

Com as “smart grids”, a Eletropaulo pretende melhorar a eficiência de seus serviços, reduzindo as perdas não técnicas (“gatos”); o nível de inadimplência; e os custos operacionais com manutenção e medição. O nível total de perdas da empresa, hoje, está perto dos 10%, sendo 3,8% representam as “perdas não técnicas”, que tem impacto direto no faturamento da companhia.
A partir de junho, a empresa inicia a instalação dos medidores inteligentes para clientes de baixa renda em Barueri. Nessa etapa, serão beneficiadas 2.100 famílias que, segundo a Eletropaulo, estão em situação irregular de fornecimento de energia.
O passo seguinte é instalar os medidores para o comércio, a indústria, as residências e os prédios públicos de Barueri, permitindo que os consumidores gerenciem e acompanhem seu consumo. Outra vantagem do novo modelo de distribuição estará em identificar falhas ou problemas no fornecimento de energia, solucionando-os com mais agilidade. Os procedimentos de “corte e religamento” também serão facilitados.
Cada medidor inteligente está estimado a um custo de R$ 400,00 – valor bem superior aos R$50,00 dos equipamentos atualmente instalados, segundo informações do vice-presidente de Operações da companhia, Sidney Simonnagio.
Paralelo à implantação do sistema, a AES Eletropaulo elabora um plano de capacitação profissional, que conta com a parceria da Universidade de São Paulo (USP).
Os consumidores, por sua vez, serão informados sobre como utilizar os novos medidores e quais as vantagens de gerenciar o consumo de energia elétrica. Eles também poderão contar com um portal na internet, no qual haverá vídeos e tutoriais esclarecendo o funcionamento e a forma de utilização do novo sistema. Por fim, em 2015, será lançada a “Casa Smart Grid”, que funcionará como um show room, onde todos os eletrodomésticos e a iluminação da casa serão gerenciáveis.
Estrutura
O desenvolvimento das redes inteligentes em Barueri será possível devido a um processo de investimentos em inovação no sistema elétrico da AES Eletropaulo. Desde 2010, a concessionária investiu R$220 milhões em softwares, digitalização de subestações, instalação de equipamentos de automação e redes de comunicação.
Segundo o presidente da AES Brasil, Britaldo Soares, o conceito de “smart grids mudará completamente a relação entre o cliente e a distribuidora”, onde tanto o consumidor quanto a empresa trocarão informações instantaneamente.
O sucesso em Barueri, acompanhado do desenvolvimento tecnológico e da regulamentação dos equipamentos, segundo a AES Eletropaulo, determinará a expansão do projeto para toda área de concessão. Essa tomada de decisão só deve acontecer a partir de 2015, de acordo com Soares.
A AES Eletropaulo distribui energia elétrica para 24 municípios da região metropolitana de São Paulo incluindo a capital que, juntos, abrigam uma população de aproximadamente 17 milhões de habitantes. A área de concessão abrange 4.526 Km quadrados, com 6,5 milhões de clientes. Em consumo e faturamento, a distribuidora é a maior da América Latina. 
or Wagner Freire, de São Paulo

NY instala estações móveis de recarga solar para celulares 19 de Junho de 2013 •


Sustentabilidade Energética 

Em breve os nova-iorquinos não precisarão mais se preocupar com baterias de celular descarregadas. A cidade, aos poucos, será equipada com estações móveis de recarga, movidas a energia solar.
A novidade é fruto do trabalho entre a Goal Zero, empresa que produz carregadores solares; AT&T, da área de telefonia; e o estúdio de design Pensa. A proposta do grupo é substituir as cabines telefônicas, praticamente extintas, por centrais em que qualquer pessoa pode recarregar seu celular de maneira limpa e gratuita.
A estrutura é simples. Aparentemente ela é apenas um poste, equipado com quatro suportes, onde os usuários podem apoiar seus celulares. Na superfície de cada uma das centrais foram instaladas três placas fotovoltaicas de 15 watts e baterias que armazenam a energia produzida.
De acordo com a fabricante, as unidades podem ter suas baterias totalmente carregadas em até quatro horas nos dias de sol. Mas, o sistema também absorve os raios UV quando os dias estão nublados. A central é capaz de recarregar celulares que tenham entrada USB, mini USB, iPhone 4 e iPhone 5.
A primeira central já foi instalada em Fort Green Park, no Brooklyn, e a intenção é expandir o sistema para diversos outros bairros que tenham altos índices de pessoas se deslocando a pé. Por estar independente das redes de transmissão, o sistema funciona mesmo que o restante da cidade sofre um apagão.
Redação CicloVivo

Por que não investir em fontes de energia alternativas?

Fontes de energia alternativas, quer dizer, fontes sustentáveis de energia, despontam em meio à crescente necessidade de preservação e manutenção dos recursos naturais. Quando ocorrem, os investimentos em fontes alternativas significam inovação e aplicação de tecnologias de ponta, além de uma forma de ouvir o grito de socorro da própria natureza, carente de conservação. Com o sol e o vento ao dispor do Brasil, o que falta para que as fontes de energia solar e eólica sejam, de fato, uma realidade?
É possível presumir a resposta para essa questão – que também constitui uma das principais demandas da década: transpor as barreiras para gradativa substituição da energia oriunda de combustíveis fósseis e de hidrelétricas. As fontes alternativas de energia começam a ser exploradas no Brasil, é verdade. A eólica um pouco mais, mas pouco. Já a solar precisa ser muito estimulada.
Para tanto, vai ser necessário combinar duas palavras: iniciativa e investimento, a exemplo da experiência marroquina, que busca valorizar os próprios recursos energéticos. O plano energético daquele país estabeleceu a meta de abastecer cerca de metade da demanda por consumo de energia do país por meio de energia solar, hidráulica e eólica, até 2020.
Situada próximo à Rabat, capital de Marrocos, a cidade de Ain Beni Mathar está se tornando uma referência no quesito energia que provém do sol. A inspiração de criar uma central solar surgiu pelo fato de, aproximadamente, 97% da energia do país ser importada.
Ao contrário da energia fotovoltaica, cuja produção advém diretamente da luz do sol, a central utiliza o calor para gerar eletricidade. Refletidos pelos 75 mil painéis espelhados, os raios solares aquecem um óleo mineral especial, cujo vapor se mistura com outra fonte de energia, uma usina de gás natural instalada no mesmo local. Quando misturados, os vapores geram eletricidade e são condensados, retornando à etapa inicial do processo.
A principal vantagem da central é o reaproveitamento de energia, já que se trata de um circuito fechado. Para que a central obtivesse sucesso, foi necessário investir em equipamentos modernos, como o sistema de ventilação de 27 milhões de euros. Com ele, dos cinco milhões de metros cúbicos de água que seriam gastos, 800 mil passam a ser suficientes, ou seja, um quinto de água possibilita o mesmo desempenho. A expectativa é que até 2020, 15% da energia elétrica do país advenha desse processo, resultando na economia anual de um milhão de toneladas de petróleo. Para isso, o governo do Marrocos pretende inaugurar mais 4 parques solares nos próximos 8 anos. O objetivo é economizar um milhão de toneladas de petróleo por ano.
Além de evidenciar a decisão em investir em recursos locais, a criação da central solar aumentou a geração de empregos.
Ao transpor o tema para a realidade ao Brasil, conforme o programa Cidades e Soluções, veiculado em agosto de 2012, chega-se a Belo Horizonte, Minas Gerais, o estado com o maior número de coletores solares instalados. Entretanto, os dois milhões e meio de coletores ainda representam uma tímida participação quando comparados à presença das hidrelétricas.
Urge que o governo brasileiro opte por uma matriz energética diversificada e amplie a participação social no plano