Pernambuco vai lançar em agosto seu atlas eólico, que vai mostrar que o Estado, também tem potencial, com 4 GW efetivos para implementação de parques, com 45% de eficiência. O estudo desenvolvido pela empresa Aeroespacial no último ano, com medições realizadas desde 2009, detectou 30 GW disponíveis de eficiência geral em cerca de um terço do Estado.
Uma das vertentes do estudo também é apoiar o desenvolvimento da geração distribuída, e colaborar com segmentos industriais que sofrem com a falta de energia. Além disso, pode ser usado em vertentes sociais, como no processo de dessalinização da água.
Segundo a sócia-diretora da empresa, Caarem Studzinski, o estudo utilizou uma abordagem inédita no País, com software e modelagem física e atmosférica da região, permitindo apresentar uma visão mais próxima da realidade e definição de 50 por 50 metros.
“Nosso atlas vai sair com ventos a 30 metros para pegar pequenos aerogeradores até 140 metros. Vai mostrar que o vento continua nas camadas mais baixas e, para o futuro, se as empresas planejam aerogeradores de 3 GW, nós estamos com o atlas para receber essas máquinas, e as indústrias”, explicou Caarem.
Para a realização da pesquisa, Pernambuco foi divida em 32 mil parcelas, e agrega as limitações ambientais e físicas da região, bem como onde serão possíveis instalar os grandes empreendimentos eólicos. A empresa também realiza o treinamento de profissionais. “Esperamos ter a oportunidade de gerar o elo do conhecimento alimentando a cadeia industrial”, completou a diretora.
Portugal
Para quem acha que o potencial efetivo de geração no Estado é pequeno, a sócia-diretora da Aeroespacial, ressalta que Portugal, com cerca de 3 GW, investiu na indústria, plantas eólicas, e na formação de profissionais, e que hoje, exporta em todos esses segmentos.