terça-feira, 19 de novembro de 2013

Montagem de Sistema Fotovoltaico em telhado residencial.

Eólica e Solar fazem inscrições para leilão de energia baterem recorde histórico.


A grande oferta de empreendimentos de energia eólica e solar fez com que as inscrições de projetos para o leilão de energia, previsto para 13 de dezembro, batessem recorde histórico em número de projetos e também no volume de energia que poderá ser negociado.
Ao todo foram 929 projetos, sendo 670 de parques eólicos e 152 de geração solar fotovoltaica. O volume total de energia inscrita, que ainda passará por um processo de habilitação, também foi recorde, atingindo 35.067 megawatts.
O leilão de dezembro é o segundo do ano para entrega de energia em 2018 (A-5). Este foi o maior número de inscritos e de oferta de energia desde 2005, quando os leilões passaram a ser realizados.
Os projetos estão localizados praticamente em todos os Estados da Federação, com destaque para a oferta de usinas eólicas na Bahia (239), onde também poderão ser realizados 84 empreendimentos de energia solar.
O Rio Grande do Sul inscreveu 163 projetos eólicos e o Rio Grande do Norte 125.
No último leilão de energia eólica, em agosto, o preço médio do megawatt-hora ficou em R$ 110,51, bem próximo do obtido pelas usinas hidrelétricas (R$ 109,40 o MWh).
Também estão inscritos para o leilão de dezembro 10 projetos de energia Solar Helio-térmica (que transforma a energia solar em térmica); 11 hidrelétricas; 40 pequenas centrais hidrelétricas; 22 termelétricas a biomassa; 16 termelétricas a gás natural; 6 termelétricas a carvão e duas termelétricas a biogás.
SOLAR
Este será o segundo leilão no país a oferecer projetos de energia solar, uma tecnologia ainda cara no Brasil. Especialistas apostam no entanto que a solar terá o mesmo destino da energia eólica, cujo preço atualmente se equipara ao das hidrelétricas.
Para o primeiro leilão de energia solar, que será realizado em 18 de novembro, o preço estipulado foi de R$ 126 por megawatt-hora, contra especulações de mercado de um preço justo de R$ 160 o MWh.
A previsão é de que nenhuma usina solar seja vendida em novembro, por conta do preço baixo, jogando as expectativas para o segundo leilão de dezembro, com um possível ajuste do preço.
Os maiores projetos de energia solar estão na Bahia, somando 2.063 megawatts (84 projetos).
Também poderão obter projetos de matriz solar Minas Gerais (325 MW); Rio Grande do Norte (265 MW); Paraíba (254 MW); São Paulo (187 MW); Tocantins (165 MW); Piauí (142 MW); Ceará (105 MW); Goiás (35 MW); Rondônia (30 MW) e Pernambuco (29 MW).
"Essa grande oferta potencial nos traz tranquilidade, ao assegurar uma quantidade de projetos mais do que suficiente para atender à demanda de energia elétrica em 2018", avaliou o presidente da E.P.E, Maurício Tolmasquim.
Publicidade Denise Luna do Rio. Folha de São Paulo

Na estréia da sol, quem levou foi o vento

Eólicas vendem 867,6MW e dominam o leilão A-3
Por Wagner Freire, de São Paulo (SP)
Crédito: Getty Images
Na primeira participação da energia solar, quem mais uma vez dominou o leilão de geração foi a fonte eólica. “Esse é o momento dos ventos. E o momento do sol vai chegar”, disse Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Realizado nesta segunda-feira (18/11), o leilão A-3 viabilizou 39 parques eólicos, totalizando 867,6MW de potência. As novas usinas estão espalhadas pelo Nordeste e o Sul do Brasil.
O Rio Grande do Sul adicionou 326,6.MW de potência. Piauí ficou com 240.MW; Pernambuco 120.MW, Ceará 98.MW e a Bahia com 83.MW.
A previsão do governo é que o Rio Grande do Sul receba R$1,5 bilhão em novos investimentos; Piauí R$835 milhões; Pernambuco R$492 milhões; Ceará R$318 milhões; e Bahia R$ 215 milhões.
O leilão também contou com a participação de empreendimentos de geração hídrica e térmica. Mas nenhuma das fontes conseguiram competir com a eólica. “Teria sido uma surpresa muito grande se a solar tivesse batido a eólica”, disse Tolmasquim, durante coletiva de imprensa em São Paulo.
A Empresa de Pesquisa Energética (E.P.E) chegou a habilitar 31 projetos fotovoltaicos para este leilão, que somavam 813 MW de potência.
O certame terminou com um preço médio de R$124,43/MWh, o que representou um deságio de 1,25% sobre o preço inicial. A comercialização de energia movimentou R$7,25 bilhões. Os projetos precisam entregar energia em janeiro de 2016. Os contratos de concessão têm duração de 20 anos.