segunda-feira, 29 de julho de 2013

Copel e WEG assinam acordo que prevê instalação de aerogeradores no Paraná Parceria servirá para teste e certificação dos protótipos, com alto índice de componentes nacionais

Crédito: Wikipédia
A Copel e a WEG assinaram um termo de compromisso que prevê a instalação de aerogeradores no parque eólico de Palmas (foto), localizado na divisa entre os estados do Paraná e Santa Catarina, no Sul do País.
"O contrato com a Weg Equipamentos Elétricos, assinado há duas semanas, prevê a instalação de dois aerogeradores com potência máxima de 2,1 MW, cada. A Copel já conta com 2,5 MW instalados no parque (cinco aerogeradores da Wobben de 500 kW)", explicou a paranaense Copel, em resposta ao Jornal da Energia.
O parque eólico de Palmas é emblemático por ser o primeiro a produzir energia por meio do vento na região Sul, em operação desde 1999.
Segundo a Copel, a parceria servirá para teste e certificação dos protótipos, com alto índice de componentes nacionais. "A parceria foi favorecida pela proximidade de Palmas e Jaraguá do Sul, sede da Weg, e pelo fato do parque da Copel já contar com mapa de ventos dos últimos nove anos", detalhou a geradora.
A reportagem não obteve a informação sobre os valores a serem investidos, nem sobre o como se desdobrará a parceria. Procurada, a W.E.G não quis se pronunciar.
A parceria foi aprovada pelo Conselho de Administração da Copel no início de julho. Na ata da reunião, costa que a diretoria da companhia paranaense vê na parceria a oportunidade de ampliação da capacidade instalada na área da usina eólica de Palmas, com baixo risco. Além disso, enxerga no acordo a possibilidade de “obtenção de conhecimento estratégico de aerogerador com características muito promissoras para aplicação em áreas como as do interior do Paraná e de outros Estados".
Diante da inexistência de aporte financeiro por parte da Copel na implantação dos aerogeradores, as companhias firmaram um termo de compromisso, na qual as partes concordam em participar do empreendimento. A Sociedade de Propósito Específico será denominado de Usina Eólica Palmas II, formada por 87% de participação da WEG e 13% da Copel.
Palmas - A identificação do grande potencial eólico da região se deu através das medições de vento realizadas a partir de 1995 com o Projeto Ventar, coordenado pela Copel. A região selecionada para a usina é composta de campos naturais de grande altitude, e sua implantação não impediu a continuidade das atividades agropastoris.
Por Wagner Freire

AVP-Luxolar apresenta seu sistema termofotovoltaico Denominado Janus, sistema integra o módulo fotovoltaico com um permutador de calor em alumínio


Por Natália Bezutti
Fonte MaiorFonte Menor
Crédito: Divulgação AVP-Luxolar
A AVP-Luxolar, filial brasileira da fabricante italiana de módulos fotovoltaicos AV-Project, apresentou ao mercado brasileiro o sistema termofotovoltaico Janus, que integra o módulo fotovoltaico com um permutador de calor em alumínio. O equipamento foi desenvolvido para aumentar o rendimento dos módulos fotovoltaicos e, assim, incrementar a produção e o investimento, gerando, ao mesmo tempo, energia fotovoltaica e térmica.
O primeiro sistema da empresa foi instalado na primeira semana de julho deste ano, no Rio de Janeiro, com a potência de 4kWp. A AVP-Luxolar atuou como importadora e consultora no projeto, enquanto a instalação foi realizada pela empresa Eco-Sol.
Segundo a AVP, o projeto pode gerar uma economia de até R$300 na conta de energia elétrica, e pode ser disponibilizado para atendimento com alto rendimento em potência de até 100kWp.
“A partir de 100kWp, acredito que o fator econômico possa começar a ficar inviável. Mas o sistema pode atender hotel, hospitais, restaurantes, indústrias, e qualquer tipo de estabelecimento que precisa tanto de energia elétrica quanto térmica. O que importa é ter uma área ociosa onde tenha sol e onde você possa acomodar os módulos”, explicou o diretor geral e comercial da empresa no País, Jackson De Souza Chirollo.
Sem querer abrir muito os valores, o executivo confirma que por integrar duas tecnologias, e melhorar a produção de energia, dando um retorno mais abrangente para a instalação, o equipamento apresenta um custo maior de aquisição do que o sistema fotovoltaico tradicional. A estimativa feita por ele é de que a taxa de retorno financeira ocorra de cinco a, no máximo, sete anos, para um projeto como o já instalado no Rio de Janeiro, com condições ideais para instalação.
Perspectivas de mercado
Instalada desde março de 2012 no Brasil, a filial AVP-Luxolar atua principalmente com a importação dos equipamentos, como os módulos, componentes e outros kits complementares para instalação, representando cerca de 3% do mercado global da companhia italiana.
Chirollo aponta que o mercado brasileiro ainda está muito embrionário para a instalação de uma indústria local, por ainda não possui uma demanda clara para o estabelecimento, e a falta de incentivos governamentais e estaduais.
“No mercado brasileiro, nessa primeira fase, há problemas sérios. Existe uma norma, mas você se depara com 20 concessionárias diferentes, com formas diversas de pensar e de absorver a informação. Algumas exigem algo que ainda não é compulsório, como o certificado do inversor, pelo qual o Inmetro ainda não se manifestou, mas que a distribuidora exige quando é feito o pedido de conexão”, comentou o diretor.
O Chirollo também declarou outros fatores que fogem do ponto de vista técnico, como o prazo para conexão, que pode chegar a 180 dias, e a falta de uma linha de crédito específico para o financiamento.
“Com todas essas incertezas, o mercado se torna um puro nicho, destinado ou para o visionário ou para a alta classe econômica - que não se importa pelo investimento, vendo retorno a longo prazo e pela escolha de energia limpa. Esperamos que até o começo do de 2014 isso mude”.