sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Lâmpada de plástico poderá ter qualquer formato



Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/12/2012
Lâmpada de plástico poderá ter qualquer formato
Pesquisadores observam sua nova lâmpada plástica de estado sólido, que poderá chegar ao mercado no ano que vem.[Imagem: Ken Bennett/Wake Forest University]
Branco contínuo
Cientistas norte-americanos criaram um novo tipo de lâmpada de estado sólido, similar aos LEDs, que apresenta luz contínua, sem o conhecido "tremeluzir" (flicker).
A tecnologia é baseada em um tipo de material orgânico conhecido como FIPEL - Field-Induced Polymer Electroluminescent, polímero eletroluminescente induzido por campo elétrico.
Além da maior eficiência energética, a nova lâmpada emite luz branca muito pura - ao contrário do amarelado das lâmpadas fluorescentes e do azulado dos LEDs.
Yonghua Chen e seus colegas da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, usaram uma matriz de polímeros estruturados em nanoescala para converter as cargas elétricas em luz.
Lâmpada de plástico
O dispositivo é formado por três camadas de plásticos emissores de luz misturados com pequenas quantidades de nanomateriais que brilham quando estimulados eletricamente.
A emissão de luz foi otimizada pela adição de nanotubos de carbono  à mistura - a elevada condutividade elétrica dos nanotubos facilita a transferência das cargas e seu contato com o material emissor de luz.
A variação dos materiais dopantes permite que a nova lâmpada seja fabricada de forma a emitir luz de qualquer cor.
Dispositivos emissores de luz baseados nos materiais FIPEL já vêm sendo pesquisados há vários anos por vários grupos de pesquisa, mas esta é a primeira vez que eles são postos para brilhar em larga escala e com boa eficiência, com potencial para substituir as lâmpadas tradicionais.
Lâmpadas planas
Como o material emissor de luz é de estado sólido e essencialmente um plástico, a lâmpada pode ser fabricada em qualquer formato - de uma folha totalmente plana ao tradicional formato das lâmpadas incandescentes.
Segundo os pesquisadores, seu dispositivo tem uma eficiência duas vezes maior do que as lâmpadas fluorescentes compactas e equivalente aos LEDs tradicionais.
"Essas lâmpadas não quebram, não contaminam o ambiente com mercúrio como as lâmpadas fluorescentes compactas e nem emitem aquela luz azulada dos LEDs," disse David Carroll, coordenador do grupo.
Segundo os pesquisadores, pelo menos um fabricante de lâmpadas já se interessou pela nova tecnologia, que poderá chegar ao mercado já no ano que vem.

Unicamp cria conversor para ligar painéis solares à rede elétrica Com informações do Jornal da Unicamp - 10/03/2010


Unicamp cria conversor para ligar painéis solares à rede elétrica
Ernesto Ruppert Filho e Marcelo Gradella Villalva ao lado do primeiro conversor eletrônico brasileiro capaz de conectar painéis solares diretamente à rede elétrica.[Imagem: Antonio Scarpinetti]
Geradores alternativos.
 Engenheiros da Unicamp criaram o primeiro conversor eletrônico brasileiro capaz de conectar painéis solares diretamente à rede elétrica, o que deverá inaugurar uma nova etapa no aproveitamento da energia solar no país.
O conversor eletrônico de potência trifásico tem um grau de eficiência de 85%. Os primeiros testes foram realizados entre dezembro e janeiro no Laboratório de Hidrogênio (LH2) da Unicamp, onde já funciona uma planta-piloto de geradores alternativos conectada à rede da CPFL Paulista.
De acordo com Ernesto Ruppert Filho, que desenvolveu o conversor juntamente com seu colega Marcelo Gradella Villalva, não se tem notícia até o momento de nenhum outro conversor eletrônico similar no Brasil.
Substituição de importações
O protótipo foi testado com êxito numa instalação de painéis solares com capacidade de 7,5 kW. "Este conversor substituiu plenamente, durante o período de testes, os três conversores eletrônicos monofásicosadquiridos da empresa alemã SMA, que estão atualmente ligados a esses painéis solares", afirmou o professor.
Diante dos resultados promissores, o próximo passo é buscar parceiros interessados na industrialização do conversor.
Ainda que o protótipo tenha consumido R$ 15 mil, os pesquisadores calculam que, em escala industrial de produção, o conversor poderá alcançar um custo final aproximado de R$ 10 mil.
"Existem alguns componentes que poderiam custar muito menos, caso já estivéssemos em escala industrial. Se compararmos o custo final de R$ 10 mil com o custo do conversor importado, isso significa uma redução de um terço. É realmente muito vantajoso nacionalizar essa tecnologia," assegurou o pesquisador.

Matriz energética limpa


Unicamp cria conversor para ligar painéis solares à rede elétrica
Painéis solares já conectados à rede elétrica, instalados no Laboratório de Hidrogênio (LH2) da Unicamp. [Imagem: Antonio Scarpinetti]
Matriz energética limpa
Além disso, o pesquisador menciona a necessidade de uma política de incentivo às fontes alternativas de energia. Há diversos projetos de lei tramitando no Legislativo a esse respeito. Quando realmente aprovados, o Brasil terá condições de se tornar um país com uma matriz energética inteiramente à base de energia limpa.
"No estado atual, isso não existe. Existem pequenos projetos, porém isolados. Não há uma massificação da energia alternativa limpa e isso é uma coisa desejável porque dispomos de muito sol e vento", disse. A energia eólica no Brasil tampouco depende apenas do vento.
Em nível mundial, a líder em tecnologia na área de energia solar é a Alemanha, onde já estão instalados 6.500 MW de geração fotovoltaica, o que significa metade da energia produzida pela hidrelétrica de Itaipu. Com níveis de irradiação solar superiores aos da Alemanha, o Brasil ainda tem uma geração de energia solar praticamente desprezível em sua matriz energética.
O fato de ter energia hidráulica em abundância também tem contribuído muito para a falta de investimentos em usinas de geração solar e energia eólica. Em termos de meio ambiente, contudo, a energia solar é claramente superior. A hidroeletricidade, mesmo considerada limpa, inunda grandes áreas agricultáveis e tem forte impacto sobre as populações locais.

ONU quer energia sustentável para todos até 2024


Brasil – Antes do recesso em suas sessões, no final de dezembro, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) destacou o papel fundamental que deve ter a energia na agenda econômica internacional a partir de 2015, e declarou o período entre 2014 e 2024 como Década da Energia Sustentável para Todos.
A declaração, adotada por unanimidade pelos 193 Estados-membros, foi acompanhada de duras críticas: mais de 1,3 bilhão de pessoas em todo o mundo ainda não têm eletricidade, e mais de 2,6 bilhões dependem de biomassa para cozinhar e se aquecer. A Assembleia Geral também expressou preocupação pelo fato de que, “mesmo havendo serviço de energia disponível, milhões de pobres não poderem pagá-lo”.
Antes mesmo da adoção da resolução, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, havia alertado: “Não pode haver desenvolvimento sustentável sem energia sustentável”. Existe um crescente reconhecimento entre os líderes mundiais de que o acesso à energia é crucial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), incluindo uma drástica redução da extrema pobreza e da fome até 2015, em relação aos níveis de 1990.
Este será um dos temas centrais da III Cúpula Mundial Sobre a Energia do Futuro, que acontece esta semana em Abu Dhabi, quando se analisará a importância de todas as formas de energia, como bioenergia, geotérmica, hidráulica, oceânica, solar e eólica. A cúpula é parte da Semana da Sustentabilidade de Abu Dhabi, que começou ontem e vai o dia 17, que, por sua vez, acontece paralelamente à Cúpula Internacional da Água.
Uchita de Zoysa, do Centro para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, disse à IPS que a energia na época moderna é vital para o bem-estar e a prosperidade, e já não deve ser considerada um luxo. “A energia necessariamente deve ser considerada um direito humano”, afirmou, acrescentando que as negociações internacionais sobre mudança climática deveriam incluir um debate sobre o consumo e a produção sustentável, bem como sobre o acesso igualitário à energia, ressaltou.
“Nenhuma negociação pode ter êxito se uma parte da humanidade for marginalizada de seu direito ao bem-estar e à prosperidade. Cada comunidade e cada indivíduo devem ter oportunidades iguais de progredir na vida”, afirmou Zoysa, também presidente da organização internacional Global Sustainability Solutions.
Por sua vez, Kaisa Kosonen, conselheira em políticas climáticas do Greenpeace Internacional, disse à IPS que mais de 84% das pessoas sem acesso à energia vivem em áreas rurais. Portanto, as soluções dependem principalmente da descentralização e do uso de fontes como eólica, solar e biogás, que também são benéficas do ponto de vista econômico, pontuou.
Segundo a Agência Internacional das Energias Renováveis, as fontes alternativas representam a solução mais econômica para a extensão dos serviços elétricos. Além disto, segundo Kosonen, seu aproveitamento protege os consumidores dos aumentos de preços associados ao mercado dos combustíveis fósseis. A conselheira explicou que o papel da ONU é manter sua atenção nas necessidades gerais dos pobres, e não nos interesses das grandes indústrias.
Isto significa, por exemplo, que não deve medir o êxito apenas pelo fato de haver energia “disponível” ou pelos quilowatts produzidos por hora, detalhou Kosonen. “A energia também deve ser acessível, e alcançar as pessoas que dela necessitam”, ressaltou. Seu argumento é que as soluções energéticas devem estar a serviço das sociedades locais e das metas ambientais, e nunca agravar a escassez de água, os níveis de contaminação e outros problemas. E acrescentou que os custos ocultos destes e de outros impactos devem ser considerados na hora de traçar planos e tomar decisões.
Zoysa afirmou que a “energia para todos” deve ser uma inquestionável meta de desenvolvimento sustentável para a agenda internacional a partir de 2015, quando vencem os ODM. A história demonstra que a energia com base no carbono constitui um grande obstáculo para o desenvolvimento sustentável e representa uma grande ameaça à existência da humanidade por meio da mudança climática, acrescentou. Portanto, a responsabilidade dos líderes, tanto locais como internacionais, é fornecer energia sustentável para todos, ressaltou, acrescentando que isto pode ser uma meta realista “somente se forem reformados radicalmente nossos padrões de produção e consumo”.
Consultada sobre o papel da ONU, a especialista disse que o fórum mundial deve assegurar que as soluções promovidas estejam em linha com outras metas de desenvolvimento. A energia precisa de soluções avaliadas como um todo, em lugar de se concentrar apenas na eletricidade, enfatizou. “E as Nações Unidas devem continuar desempenhando um papel importante, conectando diferentes ações, alinhando os esforços das instituições existentes com metas comuns, ajudando a mobilizar recursos financeiros e transferências de tecnologia, e assegurando a responsabilidade e a transparência”, concluiu Zoysa.
Fonte: Procel Info
Publicado em: 14/01/2013

A revolução silenciosa da energia solar no Brasil


As fontes de energia tradicionalmente utilizadas são, em sua maioria, formas indiretas de energia solar. A utilização direta da radiação solar ganha na atual conjuntura mundial grande relevância, principalmente quando se projeta sua utilização como fonte de energia térmica para aquecimento de fluidos e ambientes e para a geração de potência mecânica ou elétrica.
No Brasil e no Estado de São Paulo, esses números chegam, respectivamente, a invejáveis 45,5% e 55,1% com tendência a aumentar a participação de renováveis em sua matriz energética. Nesses dois casos é evidente a importância da energia hidroelétrica e dos produtos provenientes da cana de açúcar.
No Brasil, os três níveis de governo vêm regulamentando o setor e criando incentivos para geradores e compradores de energia solar, fortalecendo o setor elétrico brasileiro e a indústria nacional. Dentre essas iniciativas cabe ressaltar, no âmbito legal municipal, a obrigatoriedade, dentro de determinadas condições técnicas, da utilização de coletores solares de água em edificações.
No âmbito estadual, o Convênio ICMS 101/1997 e suas prorrogações, que concedem isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS nas operações com equipamentos e componentes para o aproveitamento da energia solar, aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária – Confaz. Atualmente essa isenção está prorrogada até 31 de dezembro de 2015 (Convênio ICMS 75/11).
Na esfera federal está sendo formado um arcabouço legal para viabilizar a geração com fontes renováveis, como as Resoluções Normativas da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel no 77/2004, que estabelece os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, para empreendimentos com base em fonte solar, e a no 482/2012, que estabelece as condições gerais para o acesso da microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia.
Publicado em: 09/01/2013