A carteira do Banco do Brasil – somente em projetos de geração de energia renovável, sem contar outras formas de financiamento, como capital de giro, por exemplo – já é maior que R$ 6 bi. Quando inclusas essas outras modalidades de financiamento, além de créditos desembolsados para linhas de transmissão e distribuição, o valor é ainda maior, chegando a mais de R$ 20 bi.
Além dos grandes projetos estruturantes do setor, o BB vem dispensando especial atenção ao financiamento de projetos que visam a geração de energia renovável. Neste contexto estão as PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas, Plantas de Geração através de Biomassa e Parques para a Geração de Energia Eólicas. Somente em PCHs, que atualmente representa cerca de 4% da geração de energia do país, o Banco do Brasil financiou, nos últimos anos, mais de 40 projetos com volume superior a R$ 1,5 bilhão em crédito concedido.
Ainda na cadeia do setor elétrico, o banco participou do financiamento de diversas linhas de transmissão e substações, assim como em projetos de biomassa.
Energia eólica – Até o final de 2012, o Banco do Brasil contratou R$ 1,3 bilhão em financiamentos à energia gerada a partir dos ventos, em uma carteira de análise de projetos que chega a R$ 3,5 bilhões. Recentemente o BB analisou a implantação de 27 parques eólicos, sendo que, 10 desses parques já estão sendo implantados e representam um valor total de investimento de mais de R$ 1 bilhão.
Desde que se iniciaram os leilões com projetos de energia eólica, a participação dessa fonte na matriz energética do Brasil cresceu de 0,03% em 2001 para 2% em 2012. “No curto e médio prazo, a estimativa é que esse tipo de energia eleve sua participação na matriz energética brasileira em mais de 6%, passando a ser uma das principais fontes de geração de energia no Brasil”, projeta o vice presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank do Banco do Brasil. Até 2021, a projeção é que esse tipo de geração de energia assuma a terceira posição na matriz energética brasileira.
A redução no custo de implantação (custo de desenvolvimento tecnológico e preço dos equipamentos), tem sido um diferencial para o ganho de competitividade deste tipo de energia. “O Banco do Brasil incentiva a geração de energia eólica desde o princípio, tendo participado do financiamento do primeiro projeto de energia eólica do país, em 2005. Notamos a expressiva participação de projetos de energia eólica nos últimos leilões. Isso reforça o potencial do país para geração de energia através dessa fonte”, mostra Caffarelli.
De acordo com ele, há estimativa de que o Brasil passe a ser um dos mais importantes produtores de energia eólica do mundo, figurando entre os cinco maiores, principalmente pela característica de ventos fortes no país, o que contribui positivamente tanto na eficiência, quanto no custo de manutenção dos parques eólicos.
Fonte: BB