Para a grande maioria da população brasileira, energia solar é sinônimo de aquecimento de água. Ainda é pouco conhecida a possibilidade de obter eletricidade a partir do sol e muito menos o significado do termo ‘fotovoltaica’. Estimativas da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA, 2001), apontam a existência de cerca de 500.000 coletores solares residenciais instalados no Brasil.
Segundo o Atlas de Irradiação Solar no Brasil, diariamente incide entre 4500 Wh/m2 a 6300 Wh/m2 no país. Como base de comparação, o lugar mais ensolarado da Alemanha recebe 40% menos radiação solar que o lugar menos ensolarado do Brasil.
Apesar destas condições favoráveis, o uso de energia solar não foi considerado no Plano Nacional de Energia 2030 e apenas cinco Centrais Geradoras Solares Fotovoltaicas aparecem no banco de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Como o país já possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, a melhor integração da energia solar fotovoltaica seria como uma fonte complementar, aproximando a geração do consumo e reduzindo assim perdas com transmissão.
Se nas cidades há vastas áreas sobre as edificações para a instalação de painéis fotovoltaicos, no meio rural esta fonte energética é a opção mais limpa e segura para levar eletricidade a comunidades isoladas e de difícil acesso.
Além disso, o Brasil possui uma das maiores reservas de silício do mundo. Isto faz com que o país seja um local privilegiado para desenvolver uma indústria local de produção de células fotovoltaicas gerando empregos e retornos em impostos pagos. Para isso, seria preciso investir em pesquisas para desenvolver um conhecimento de purificação do silício até o chamado ‘grau solar’, que é superior ao do silício empregado na siderurgia.
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