quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Sistema de energia solar do Ceará usa fibra de coco


Um sistema de aquecimento de água e geração de energia elétrica elétrica por meio do sol está sendo certificado nacionalmente com o objetivo de integrar o programa Minha Casa Minha Vida II (MCMV II), do Governo Federal. A novidade levou seis anos para ser desenvolvida, usa fibra de coco e tem tecnologia cearense.
A placa solar está instalado, em caráter piloto, em uma casa do MCMV em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) desde fevereiro de 2012. O projeto é do engenheiro mecânico e ambientalista Fernando Alves Ximenes. Ele é o inventor do sistema ao qual batizou de placa Photo Voltaica Térmica (PVT).
“Esse sistema solar é composto por células com fibra de coco, sistema térmico, caixa aquecedora térmica, automatic inverter (serve para inverter as frequências e tensões), bateria e chaveamento off grid”, explica.
As características técnicas possibilitam que a utilização seja direcionada para aquecer água, para geração de energia elétrica ou para utilização da energia convencional do sistema. No último caso, quando houver uso de mais de 120 kilowatts.hora/mês.
No dia 16 de fevereiro de 2012, O POVO mostrou que o sistema estava cotado para integrar o Minha Casa Minha Vida I, mas não houve viabilidade financeira. O empresário do ramo de construção civil e vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, explica que houve ajustes no custo e um exemplar do equipamento vai sair por cerca de R$ 2.300.
“A utilização do sistema foi uma oportunidade. O MCMV II obriga todas as casas a terem aquecedor de água solar. Mas vai ser uma incoerência para o Nordeste e algumas cidades mais quentes usar a energia solar só para aquecer a água. Estamos negociando para usar como eletricidade também”. Ele diz já ter havido reuniões com a Caixa Econômica e com o Ministério das Cidades.
Redução de conta de luz
Montenegro afirma que a placa pode até reduzir ou zerar a conta de energia das pessoas de baixa renda, já que a Agência Nacional de Energia Elétrica regulamentou a microgeração de energia elétrica.
“Toda pessoa pode gerar energia, jogar na rede. Ela tem 36 meses para consumir aquela energia. Se você gerar mais energia do que consome, você tem esse crédito”, argumenta.
Publicado em 08 de Janeiro de 2013

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