Desde os leilões de 2009, a fonte eólica figura como a opção para geração de energia que mais cresce no país. E o cenário deve continuar positivo para os investidores do setor, de acordo com os dados apresentados no Plano Decenal de Energia (P.D.E 2021). “A distribuição dos projetos indica que a expansão das usinas eólicas deve permanecer relevante no atendimento da demanda no horizonte deste plano”, descreve o documento.
Para se ter uma ideia, o portfólio de projetos eólicos tecnicamente habilitados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) reúne cerca de 600 empreendimentos, totalizando mais de 16 GW de potência. A maioria deles, 450 usinas, que somariam cerca de 12 GW, estão planejados para a região Nordeste. Já os 4,3 GW restantes, poderiam ser implantados no Sul do país.
Segundo o planejamento decenal aprovado pelo Ministério de Minas e Energia (M.M.E) nesta semana, a participação crescente das eólicas se deu por conta de fatores favoráveis para o Brasil, como “o cenário externo, o desenvolvimento tecnológico e da cadeia produtiva por aqui, além de aspectos regulatórios, tributários e financeiros”, justifica. Pela junção destes motivos a usinas eólicas atingiram preços “bastante competitivos” que impulsionaram sua expansão.
Por outro lado, o PDE 2021 aponta a necessidade “do estudo e acompanhamento das implicações técnicas envolvidas na sua inserção na matriz elétrica, especialmente a partir da entrada em operação dos blocos contratados nos leilões de energia”. Vale lembrar que diversos parques eólicos, deixaram de entrar em operação na data prevista por conta do atraso na entregas das conexões às linhas de transmissão, assunto que o governo tenta solucionar para que não ocasione problemas nos próximos leilões.
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