Não é de hoje que o Brasil e o mundo estão em busca de fontes mais limpas de energia, que gerem menos impacto ao meio ambiente, reduzam os efeitos do aquecimento global e poupem os recursos naturais para que possam ser usufruídos também pelas próximas gerações. Essa busca vem se transformando em soluções práticas, integrando o conceito de sustentabilidade em nossas vidas.
Nosso país já é reconhecido pelo alto índice de utilização de fontes de energia limpa em sua matriz energética, principalmente pela hidroeletricidade e etanol. Adicionalmente, outras fontes também estão crescendo em importância, como a biomassa de bagaço da cana e o vento. Estas e outras oportunidades de diversificação da matriz energética promovem o Brasil como um dos líderes mundiais na pesquisa de fontes alternativas para a geração de bioenergia como, por exemplo, pelo reaproveitamento de resíduos de biomassa de madeira, milho, soja, e arroz, entre outros, ou por meio do cultivo de algas.
Essas novas fontes poderão suprir, de forma distribuída, o adicional de energia elétrica necessário para o crescimento da demanda das indústrias e dos indivíduos, além de contribuir na produção de biocombustíveis como o biodiesel ou bioquerosene, adicionais ao etanol que já é utilizado em larga escala, principalmente na frota de automóveis flex.
Nosso trabalho na área de Sistemas de Bioenergia do Centro de Pesquisas Global da GE é justamente ajudar o País com inovações que contribuam para a evolução desse processo de produção de energia mais limpa, pelo reaproveitamento de resíduos e redução no uso de recursos naturais, o que se traduz em um ciclo mais sustentável.
Uma das ações que já temos em andamento é o trabalho conjunto com a GE Power & Water na aplicação de tecnologias que adicionam valor a subprodutos e resíduos de diversas indústrias. Um exemplo prático é o trabalho realizado com a vinhaça, subproduto da produção do etanol Para cada litro de etanol produzido, são gerados cerca de 12 litros de vinhaça, o que totaliza um volume de 250 bilhões de litros de vinhaça para a atual geração de etanol. Sendo assim, quanto mais se fabrica etanol, mais se produz vinhaça, subproduto custoso para os fabricantes por toda a logística necessária para o seu reaproveitamento.
Nesse caso, o Centro de Pesquisas está trabalhando em duas frentes: uma que desenvolve tecnologias para reduzir a quantidade de vinhaça gerada durante a fabricação do etanol; e outra que elabora processos para reaproveitar os componentes da vinhaça, como a água – que pode ser reutilizada na cadeia de produção – e o potássio e outros sais, que podem continuar sendo usados como fertilizantes.
Temos um longo trabalho pela frente, mas estamos confiantes de que nossa parceria com os negócios da GE, com as indústrias brasileiras e outros centros de pesquisas trarão soluções que ajudarão o Brasil e o mundo a produzir energia de forma mais limpa, reaproveitando melhor os resíduos e gerando de forma permanente um ciclo sustentável.
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