No mês de janeiro, o sol brasileiro mostrou toda sua força. O reflexo na matriz energética é preocupação: falta de chuva reduz o nível dos reservatórios, milhões de sistemas de ar condicionado aumentam cada vez mais a demanda de energia e termelétricas são ligadas a todo vapor, multiplicando o custo da geração de energia elétrica.
Enquanto isto, instalações de energia solar apresentam a solução: o sistema instalado na sede da empresa Solarize, no Rio de Janeiro teve geração recorde de 308 kWh, superando a média dos meses anteriores em 38%. E ele gera mais energia exatamente no horário de pico da demanda, a um custo muito inferior ao das termelétricas.
Com isso, a energia solar mostra que é o complemento perfeito de outras fontes renováveis, como a hídrica e a eólica, e pode contribuir fortemente para garantir a estabilidade e confiabilidade da matriz energética do Brasil. Além disso, é a única tecnologia que permite instalar significativas capacidades em poucos meses, seja em sistemas distribuídos pelos telhados brasileiros, seja em usinas grandes.
Tese defendida na Unicamp reforça a viabilidade da energia solar
Flavio Botelho, sábado, 8 fev 2014 14:57
Apesar da abundância de matéria prima e da sua utilização em vários países a Energia Solar ainda é muito pouco utilizada no Brasil. Mesmo com as determinações da Agência Nacional de Energia
Elétrica para fomentar a instalação de Usinas Solares Fotovoltaicas , o recurso é utilizado atualmente apenas na região norte do país o que representa apenas 1,7% da energia distribuída.
A estratégia da Agencia Nacional, que obriga as distribuidoras a investir em novas tecnologias despertou o interesse do pesquisador Davi Gabriel Lopes. Ele demonstrou na tese defendida na Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, que a maior participação da geração fotovoltaica na matriz elétrica brasileira pode trazer importantes benefícios socioambientais para o país.
De acordo com o estudo, se os projetos contemplados na chamada Estratégia de Número 13 da ANEEL estivessem em operação, as Usinas Fotovoltaicas já teriam evitado a emissão de 6.285 toneladas de carbono na atmosfera. Além de não emitir os gases que provocam o efeito estufa as usinas seriam também uma grande geradora de emprego e renda.
O problema segundo o pesquisador é o custo para o país da energia fotovoltaica que é muito superior as demais fontes. O pesquisador explica que antes do lançamento da Estratégia de Número 13 da ANEEL, o Brasil contava, praticamente, com painéis fotovoltaicos operando somente em sistemas isolados.
O ordem para as distribuidores é desenvolver a tecnologia para o sistema integrado. Uma das Usinas experimentais funciona na sub-estação de Tanquinho da CPFL , em Campinas.
Segundo o coordenador do projeto de pesquisa da usina, João Camargo,o trabalho vem sendo realizado desde janeiro do ano passado. Neste primeiro ano de operação o resultado é altamente positivo. Em sua opinião, por enquanto a energia produzida ainda é inviável comercialmente falando, porém , em um futuro bem próximo ela fará parte da
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