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Em tempos de crise Energética, simples atitudes podem garantir menores gastos e evitar o desperdício
Com 87% da sua matriz energética provenientes de hidroelétricas, o Brasil está à beira de um colapso, devido ao baixo nível dos reservatórios nas usinas do Sudeste. O resto da energia é produzido pelas centrais termoelétricas (10%) e pelos reatores das centrais nucleares de Angra dos Reis (2%).
Em meio à crise energética brasileira, que já causou prejuízos de quase R$ 70 bilhões devido à ausência de uma política pública adequada para o setor, e a possível necessidade de um novo racionamento de energia no país, serão os consumidores comuns que acabarão pagando a conta mais alta.
Mas quando se trata de sustentabilidade e economia nas contas de luz, existem alternativas eficazes que garantem menores gastos e energia limpa, como as luminárias ecológicas para jardins e áreas externas. “Esses tipos de equipamentos dispensam o uso da energia elétrica por funcionarem apenas a luz solar. Além disso, existem modelos que possuem acionamento automático e controle remoto”, conta o professor e engenheiro elétrico João Carlos Lima, do Centro de Capacitação em Tecnologia da Loja Elétrica.
Por se tratar de uma energia renovável e limpa, a energia solar é considerada uma das mais sustentáveis do planeta. “A economia gerada mensalmente permite um rápido retorno do investimento, além de contribuirmos para o equilíbrio ambiental da Terra”, conclui João.
Outro item que pode gerar economia são as placas fotovoltaicas, dispositivos utilizados para converter a energia da luz do Sol em energia elétrica, que podem reduzir, no mínimo, 20% na conta de luz, considerando-se placas com capacidade de geração de 1.000W. “Esse percentual pode ser maior, dependendo da quantidade de placas escolhidas. E esta é justamente uma de suas vantagens. Você pode dimensionar o quanto quer utilizar de energia solar e ampliar aos poucos”, diz o consultor da Loja Elétrica, Herbert Abreu.
O investimento para 1.000W é de R$ 5.000. Com isso, segundo o consultor da Loja Elétrica, é possível manter seis lâmpadas eletrônicas, uma televisão, um frigobar, além de um eletroeletrônico e um eletrodoméstico. “Mas esta estimativa não inclui geladeira, máquinas de lavar e secar, micro-ondas e chuveiro”, esclarece.
Abreu afirma, ainda, que a opção do painel fotovoltaico ligado à rede elétrica pode reduzir o consumo de eletricidade de 50% a 60%, mas estes só valem a pena para residências que gastam, pelo menos, 300KW/h por mês, já que o investimento é mais alto, de R$20 mil a R$25 mil. “Além disso, é necessária a aprovação do projeto pela concessionária de energia, o que pode demorar até seis meses”, afirma.
Há também os geradores movidos a gasolina. Segundo Abreu, um gerador de 1.000W pode ser encontrado por cerca de R$400. A procura tem sido alta, com perspectiva de crescer ainda mais nos próximos meses. “Atualmente vendemos cerca de 100 peças por mês, entre modelos de 1.000, 4.000 e 9.600W de potência”, afirma.
Além de geradores, aquecedores e Placas Fotovoltaicas, projetos que utilizam lâmpadas de LED solar, com ou sem sensores de presença, também podem gerar economia. “O equipamento vem com um dispositivo que capta a energia do Sol. Quando escurece, a lâmpada se acende. Trata-se de uma iluminação que funciona muito bem em áreas externas, jardins etc.”, explica. O kit, que pode ser instalado pelo próprio cliente, é encontrado na Loja Elétrica a partir R$150.
O professor e engenheiro elétrico João Carlos Lima, do Centro de Capacitação em Tecnologia da Loja Elétrica dá outras dicas de como economizar energia:
Dentro de casa
- Troque as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, que possuem vida útil maior e se alimentam com um gasto mínimo; ou, lâmpadas de LED, ainda mais econômicas;
- Pinte as paredes internas e os tetos da casa com cores claras. Elas refletem e espalham a luz para todo o ambiente;
- Aproveite ao máximo a luz do dia deixando cortinas e portas abertas. Em caso de mesas de trabalho e de leitura, coloque-as próximas às janelas;
- Deixe os globos e lustres transparentes sempre limpos para aproveitar ao máximo a potência das lâmpadas;
- No caso dos aparelhos de ar-condicionado, mantenha os filtros sempre bem higienizados; e use o termostato do ar-condicionado para regular a temperatura e evitar a sobrecarga do aparelho;
- Máquina de lavar roupa e ferro de passar consomem bastante energia. Portanto, tente usá-los quando houver bastante roupa acumulada para realizar o trabalho de uma única vez;
- Em dias secos, ao invés de usar umidificadores eletrônicos, coloque um pano úmido pendurado no recinto e uma bacia com água;
- Evite deixar aparelhos eletrônicos em stand-by. Apesar de desligados, esse modo pode representar um gasto mensal de até 12%; Uma boa solução é instalar um interruptor capaz de comandar as tomadas onde esses equipamentos estão plugados;
- Escolher aparelhos que vêm com a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence). Ela classifica os equipamentos pelo consumo em faixas de A (mais eficiente) a D (menos eficiente);
- Evite colocar o fogão e a geladeira próximos um do outro. Eles podem interferir no consumo de energia, e mantenha a borracha de vedação da geladeira sempre em bom estado;
- Regule a temperatura da geladeira no inverno, ajustando o termostato para evitar desperdício de consumo, e não forre as prateleiras para não exigir esforço redobrado do eletrodoméstico;
- Quando viajar, desligue a chave geral da casa para não gastar energia com coisas desnecessárias.
Fora de casa
- Experimente instalar um Sistema Solar de aquecimento de água para abastecer toda a casa;
- Utilize fotocélulas – aparelhos que detectam a presença de movimento – em ambientes externos para que as luzes acendam somente à noite;
No trabalho
- Dê preferência a aparelhos que consumam menor quantidade de energia, como notebooks, computadores, impressoras e copiadoras;
- No final do expediente, tire os aparelhos da tomada;
- Desligue o monitor do computador ou coloque a máquina em modo de economia de energia, quando não estiver no ambiente.
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