Aumento do custo de energia movimenta mercado de retrofit
Além de reduzir consumo, empresas buscam cogeração como alternativa na área energética
Aumento nas tarifas de energia impulsiona projetos de eficientização energética em iluminação como ferramenta para se reduzir o consumo com o menor impacto estrutural possível.
Somente em São Paulo, o setor industrial cliente da AES Eletropaulo sofreu um reajuste acumulado nos últimos 13 meses de 95%. Neste mesmo período a procura por projetos de retrofit aumentou 50%, segundo o diretor superintendente da Celena, Ricardo Cricci.
Além da indústria, os centros de distribuição logística têm sido os mais interessados em reduzir seus custos com o consumo de energia, segundo controle de projetos da Celena, empresa especializada no desenvolvimento de projetos e consultorias, utilizando produtos com tecnologia LED, voltadas a soluções integradas em iluminação. “A iluminação do estoque representa uma parcela elevada do custo operacional em centros logísticos, que demandam lâmpadas de alta potência, logo que consomem mais, para iluminar as áreas de grande extensão de armazenamento e de elevado pé direito”, afirma Cricci. Nestes locais, a troca da tecnologia pode propiciar uma redução no consumo de no mínimo 65%, fora a redução no custo de manutenção, pois em áreas com pé direito alto é necessária uma equipe treinada, com equipamento de segurança e andaimes.
Com o custo do kWh em torno de R$ 0,54, o consumo mensal com a tecnologia tradicional metálica de 460W (que é a mais usada pela indústria) é de R$ 180 por mês por ponto. Somente com o retrofit pela tecnologia LED, o consumo mensal cairia para R$ 60, uma economia anual de R$ 1.440 por ponto. O valor economizado no consumo de energia permite cobrir o investimento na aquisição da nova tecnologia num prazo de até 16 meses.
Outro fenômeno detectado pela Celena é a busca por projetos que aliem redução de consumo com geração de energia. Segundo Cricci, “quem está começando uma planta nova busca não somente um projeto de iluminação que garanta a durabilidade maior da tecnologia, com menos manutenção e menor consumo, como também alternativas para autossuficiência em geração de energia, através de geração fotovoltaica”.
O executivo aponta ainda que deverá se tornar uma tendência o aumento da demanda por projetos de eficientização em iluminação que considerem a simulação sobre cargas de energia, otimizando a relação custo do kWh com momentos de pico de consumo.
O setor empresarial muda de comportamento e já começa a perceber que, com o país tendo a energia para a indústria como a mais cara do mundo – o preço do megawatt/hora é de R$ 544, o retrofit da iluminação se coloca como um grande aliado na redução dos custos operacionais, com o mínimo de intervenção possível.
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