sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Com painéis solares, janelas vão gerar energia por Márcia Guerra em abr 7, 2011 | Nenhum comentário

Os edifícios comerciais mais modernos geralmente são revestidos de vidros espessos (leia caros e resistentes), projetados para o controlar a intensidade solar (leia filmes protetores ou espelhamento). Mas a empresa Pythagoras Solar, de Israel, tem uma ideia melhor: em vez de apenas devolver ou filtrar a luz do sol, eles constroem placas fotovoltaicas integradas nas unidades de vidro. No mundo da arquitetura high-tech, esse sistema é conhecido como PVGU. O mecanismo serve tanto para controlar o ganho de calor quanto para gerar eletricidade. De acordo com o site Jetson Green, o grupo israelense está testando estes painéis num dos andares da Torre Willis (antiga Sears), em Chicago, nos Estados Unidos. Se o projeto-piloto der certo e despertar o revestimento total do edifício, será possível gerar até dois megawatts de eletricidade. Os painéis solares integrados às unidades de vidro funcionam como esquadrias, complementando as janelas. Além disso, oferecem baixo ganho de calor solar e alta densidade de energia, gerando até quatro vezes mais energia elétrica. Segundo a empresa, o PVGU também permite entrada de luz natural e um certo nível de transparência.

PE é destaque na fabricação de equipamentos que geram energia eólica

O vento sopra a favor e atrai gigantes do setor de energia eólica para Pernambuco. As duas maiores fabricantes de torres e de aerogeradores do país, equipamentos utilizados neste tipo de indústria, estão instaladas em Suape, no Litoral Sul do estado. Uma veio da Argentina e a outra, da Espanha. E as gigantes mundiais já estão dobrando a capacidade de produção para atender um mercado em expansão. Na fábrica argentina, 580 funcionários se revezam em três turnos. Até o ano que vem serão mil trabalhadores, e a fabricação vai passar de 300 para 500 aerogeradores – máquinas que transformam vento em energia - por ano. “Nós temos uma base instalada de mais de mil megawatts e temos a perspectiva de instalar mais 6 mil megawatts nos próximos três anos”, disse o gerente comercial Paulo Ferreira. Só para ilustrar, mil megawatts são suficientes para iluminar uma cidade do porte de Brasília. O aquecimento do setor abre as portas para profissionais especializados, entre eles, muitos pernambucanos, como o engenheiro Antônio Carlos Lucas. “A tecnologia que nós trabalhamos aqui é uma das mais modernas do mundo. É um sistema de geração de energia bastante moderno e ecologicamente viável”, falou. A fábrica espanhola produz 450 torres por ano e quer chegar a 700 até 2014. De acordo com o gerente Paulo Coimbra, ainda assim não vai dar para atender a demanda. “O mercado está crescendo mais do que este incremento, e a demanda é muito maior do que a capacidade da indústria brasileira”, comentou. PREÇO O que está movendo a ampliação das fábricas e a criação de mais empregos é o preço competitivo da energia eólica. A mais recente façanha do setor transformou o Brasil no país que produz a energia dos ventos mais barata do mundo. O megawatt/hora da energia eólica chegou ao mesmo patamar da energia gerada pelas grandes hidroelétricas: abaixo de R$ 100. “Existe uma grande concorrência mundial de fabricantes, de empresas desenvolvedoras, mas mais importante do que isso são as excelentes jazidas de ventos existentes no país, principalmente localizadas na região Nordeste e no Sul do país”, explicou o vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa. AVANÇO A velocidade do avanço da tecnologia neste setor é surpreendente. A cada ano, as máquinas ficam mais modernas, mais produtivas e bem maiores. As torres chegam a 120 metros de altura, o equivalente a um prédio de 40 andares. A energia dos ventos representa menos de 1% da matriz energética brasileira, mas os pesquisadores acreditam que ela tem excelentes condições de expansão. Não falta matéria-prima: as maiores jazidas de ventos do mundo estão no Nordeste. “A perspectiva no Brasil é fantástica comparando ao resto do mundo. Nós acreditamos que até o ano 2020 o Brasil estará entre os cino maiores produtores de energia eólica no planeta”, complementou Feitosa.
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