domingo, 16 de fevereiro de 2014

BENEFÍCIOS E CUSTOS DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS

Os sistemas solares fotovoltaicos, principalmente aqueles integrados as edificações urbanas e interligados ao sistema de distribuição, oferecem diversas vantagens para o sistema elétricos, muitas das quais relacionadas a custos evitados e que ainda não são considerada ou quantificadas. Veja abaixo algumas delas:
  • Redução de perdas por transmissão e distribuição de energia, já que a eletricidade é consumida onde é produzida;
  • Redução de investimentos em linhas de transmissão e distribuição;
  • Edifícios com tecnologia Fotovoltaica integrada não exigem área física dedicada;
  • Edifícios solares fotovoltaicos fornecem os maiores volumes de eletricidade nos momentos de maior demanda (Ex.: o uso de ar-condicionado é maior ao meio-dia no Brasil, quando há uma maior incidência Solar);
  • Quando distribuídos estrategicamente, os geradores fotovoltaicos oferecem mínima capacidade ociosa de geração: por sua grande modularidade e custos prazos de instalação, podem ser considerados como um Just-in-time de adição de capacidade de geração.
Fonte: RÜTHER, Ricardo. Edifícios Solares Fotovoltaicos. Florianópolis: LABSOLAR, 2004.

CUSTOS

Observando todos os benefícios da energia fotovoltaica, muitas pessoas podem se perguntar: por que então ela ainda não é largamente utilizada?
Gráfico da Associação de Indústrias Fotovoltaicas da Alemanha
Mostra a queda dos preços na Alemanha
A principal explicação é o custo, ainda elevado em comparação com as fontes tradicionais de energia. No segundo semestre de 2013, a instalação de sistema fotovoltaico na Alemanha estava em torno de 1,69 mil euros o quilowatt de potência (kWp) (veja imagem ao lado). No Brasil, o custo varia de 7 a 10 mil reais por kWp.
Este valor vem caindo consideravelmente nos últimos anos. A maior queda nos preços ocorreu entre 2008 e 2009, passando de valores altos como US$ 3,5 por watt em 2008 para US$ 2 por watt em dezembro de 2009.
Fonte: EPIA
Gráfico mostra histórico de queda de preços
“Para manter a competitividade, as indústrias investem no aumento da eficiência, na redução de custos de operação e no aumento da capacidade de utilização das fábricas. Baixos custos, alta qualidade na fabricação e a habilidade de resposta rápida a mudanças no mercado se tornaram a marca das empresas resilientes e lucrativas”, afirma o Renewable 2010 Global Status Report.
A figura ao lado apresenta uma estimativa de evolução de custos para sistemas fotovoltaicos de grande porte. Por essa análise, a redução de preço esperada será superior a 5% ao ano nos próximos dez ano

PROJETO 50 TELHADOS

50 Telhados
Logo do Projeto
O Projeto 50 Telhados foi lançado com o intuito de divulgar a geração distribuída a partir da fonte fotovoltaica. Coordenado pelo Instituto Ideal, o projeto é executado localmente por empresas instaladoras que, em 24 meses, devem alcançar a meta de instalar 50 telhados fotovoltaicos de 2 kWp (ou 100 kWp de potência total instalada). Com isso, a geração anual estimada ficaria em torno de 130 MWh em cada cidade.

O objetivo do Instituto Ideal é implementar o projeto em pelo menos 20 cidades brasileiras durante o ano de 2014. Essas cidades se tornarão referência nacional na utilização de energia oriunda do sol, matéria-prima livre e inesgotável.
Com tal ação, entre os anos 2014 e 2015 o Brasil teria instalado o equivalente ao projeto alemão “1000 telhados”, responsável por impulsionar a energia Solar Fotovoltaica na Alemanha. Contudo, no caso brasileiro, isso seria alcançado sem qualquer tipo de incentivos nas tarifas de energia elétrica vigentes.
Qualquer empresa de engenharia e de instalação de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica pode participar do projeto como empresa executora, desde que seja previamente aprovada pelo Instituto Ideal com base nos critérios de adesão estabelecidos.
Localmente, o projeto pode contar ainda com o apoio de instituições como:
  • Prefeituras
  • Órgãos públicos
  • Universidades que pretendam usar os projetos para capacitação de mão de obra especializada
  • Associações comerciais e industriais
  • Clubes de dirigentes lojistas
  • Bancos que ofereçam linhas de financiamento para a aquisição de equipamentos Fotovoltaicos
  • Concessionárias de energia elétrica
  • Outras instituições que tenham alguma sinergia com o projeto

COMO FAÇO PARA LEVAR O PROJETO PARA MINHA CIDADE?

O primeiro passo é ler o Regulamento do Projeto 50 Telhados, clicando aqui. Depois disso reúna a documentação solicitada no regulamento e envie para contato@americadosol.org informando em qual cidade você gostaria de desenvolver o projeto.

CIDADES PARTICIPANTES

Uberlândia – Empresa executora: Econova e ACIUB – Associação Comercial e Industrial de Uberlândia
local de nascimento do projeto, criado pela Econova, Uberlândia foi a primeira cidade contemplada pelo 50 telhados, que já conseguiu bater a meta de potência instalada para o ano de 2013. A implementação do projeto na cidade mineira foi finalista do Prêmio Sebrae Minas de Práticas Sustentáveis deste ano.
Belo Horizonte (MG) – Empresa executora: EMAP e DYA
Recife (PE) – Empresa executora: DYA
Goiânia (GO) – Empresa executora: DYA
Natal (RN) – Empresa executora: DYA
Fortaleza (CE) – Empresa executora: DYA
Campinas (SP) – Empresa executora: Energybras

Energia Solar mostra Potencial para a Matriz Energética do Brasil



  
No mês de janeiro, o sol brasileiro mostrou toda sua força. O reflexo na matriz energética é preocupação: falta de chuva reduz o nível dos reservatórios, milhões de sistemas de ar condicionado aumentam cada vez mais a demanda de energia e termelétricas são ligadas a todo vapor, multiplicando o custo da geração de energia elétrica.
Enquanto isto, instalações de energia solar apresentam a solução: o sistema instalado na sede da empresa Solarize, no Rio de Janeiro teve geração recorde de 308 kWh, superando a média dos meses anteriores em 38%. E ele gera mais energia exatamente no horário de pico da demanda, a um custo muito inferior ao das termelétricas.





Com isso, a energia solar mostra que é o complemento perfeito de outras fontes renováveis, como a hídrica e a eólica, e pode contribuir fortemente para garantir a estabilidade e confiabilidade da matriz energética do Brasil. Além disso, é a única tecnologia que permite instalar significativas capacidades em poucos meses, seja em sistemas distribuídos pelos telhados brasileiros, seja em usinas grandes.



















Tese defendida na Unicamp reforça a viabilidade da energia solar


Flavio Botelho, sábado, 8 fev 2014 14:57
Energia fotovoltaica

 Apesar da abundância de matéria prima e da sua utilização em vários países a Energia Solar ainda é muito pouco utilizada no Brasil. Mesmo com as determinações da Agência Nacional de Energia

 Elétrica para fomentar a instalação de Usinas Solares Fotovoltaicas , o recurso é utilizado atualmente apenas na região norte do país o que representa apenas 1,7% da energia distribuída. 

 A estratégia da Agencia Nacional, que obriga as distribuidoras a investir em novas tecnologias despertou o interesse do pesquisador Davi Gabriel Lopes. Ele demonstrou na tese defendida na Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, que a maior participação da geração fotovoltaica na matriz elétrica brasileira pode trazer importantes benefícios socioambientais para o país.

 De acordo com o estudo, se os projetos contemplados na chamada Estratégia de Número 13 da ANEEL estivessem em operação, as Usinas Fotovoltaicas já teriam evitado a emissão de 6.285 toneladas de carbono na atmosfera. Além de não emitir os gases que provocam o efeito estufa as usinas seriam também uma grande geradora de emprego e renda. 

 O problema segundo o pesquisador é o custo para o país da energia fotovoltaica que é muito superior as demais fontes. O pesquisador explica que antes do lançamento da Estratégia de Número 13 da ANEEL, o Brasil contava, praticamente, com painéis fotovoltaicos operando somente em sistemas isolados.

 O ordem para as distribuidores é desenvolver a tecnologia para o sistema integrado. Uma das Usinas experimentais funciona na sub-estação de Tanquinho da CPFL , em Campinas. 

Segundo o coordenador do projeto de pesquisa da usina, João Camargo,o trabalho vem sendo realizado desde janeiro do ano passado. Neste primeiro ano de operação o resultado é altamente positivo. Em sua opinião, por enquanto a energia produzida ainda é inviável comercialmente falando, porém , em um futuro bem próximo ela fará parte da