quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Rio de Janeiro terá geração de energia pelas ondas do mar. A Coppe/UFRJ, em parceria com Furnas e a empresa Seahorse Wave Energy

mar 1A Coppe/UFRJ, em parceria com Furnas e a empresa Seahorse Wave Energy, deu início aos estudos para geração de energia elétrica a partir da movimentação das ondas do mar na cidade do Rio de Janeiro. O projeto prevê a instalação de uma usina, denominada conversor offshore, a cerca de 14 quilômetros da praia de Copacabana, próximo da Ilha Rasa, com capacidade instalada de 100 kW. A usina ficará a uma profundidade de 20 metros e, em sua capacidade máxima, a eletricidade gerada pode abastecer o equivalente a 200 casas residenciais.
A conclusão do projeto, que conta com investimento de R$ 9 milhões de Furnas, está prevista para 2015. No momento, os pesquisadores do Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da Coppe estão trabalhando no desenvolvimento e construção de um protótipo, em escala reduzida, em conjunto com os engenheiros da Seahorse Wave Energy, da Incubadora de Empresas da Coppe.
O professor do Programa de Engenharia Oceânica da Coppe, Segen Estefen, coordenador do LTS, diz que o projeto faz parte da estratégia de tornar a geração de energia por meio das ondas do mar economicamente viável e comercial. O professor explica que o primeiro passo foi dado com a instalação de uma usina no Porto de Pecém, a 60 quilômetros de Fortaleza (CE), que se encontra em fase final de testes e é fruto de uma parceria entre a Coppe, a Tractebel Energia e o Governo do Ceará.
mar 2“Estamos colocando o Brasil entre os países que buscam o domínio das tecnologias de aproveitamento da energia das ondas para gerar eletricidade em grande escala. É fundamental que consigamos nos manter competitivos para que no futuro não tenhamos que importar tais tecnologias”, afirma Segen.
O professor da Coppe diz que o próximo passo, que também faz parte da parceria com Furnas, é desenvolver usinas com estruturas flutuantes para que possam ser instaladas em locais afastados da costa. “E, no futuro, com estas usinas flutuantes poderemos, inclusive, abastecer as plataformas dos campos do pré-sal”, adianta.
O gerente da área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de Furnas, Renato Norbert, diz que o desenvolvimento da usina faz parte da estratégia da empresa de buscar novas oportunidades de negócios e vantagem competitiva. “A expectativa com este projeto é promover maior aproximação das atividades de P&D à fase de comercialização da tecnologia e, assim, introduzir na matriz energética brasileira uma nova fonte de energia limpa, renovável e abundante no território nacional”, destaca Norbert.
A ideia inicial de Furnas é atender o mercado livre, oferecendo o MWh com menor custo. “Como não requer uma grande obra, como as hidrelétricas e as nucleares, não consome combustível de nenhuma espécie, nem exige o transporte de grandes equipamentos, como as eólicas conhecidas, a energia gerada poderá ser mais barata”, acrescentou o gerente da área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de Furnas.
mar 3Sobre o funcionamento da usina - O engenheiro Paulo Roberto, sócio-proprietário da Seahorse Wave Energy, diz que a geração de energia se dará a partir da movimentação vertical de um flutuador de 11 metros de altura e 4,5 metros de diâmetro, impulsionado pelas ondas do mar. “O flutuador será guiado por uma coluna central, com fundação no leito marinho, e a sua movimentação será transformada em movimento rotativo no gerador, utilizando-se um sistema mecânico que integrará o flutuador e o gerador”, detalha Paulo.
Em geral, quanto mais altas forem as ondas, mais energia pode ser captada para transformação em eletricidade. Mas, de acordo com o professor Segen Estefen, é possível obter um melhor resultado se as ondas tiverem mais continuidade, como no mar de Copacabana, mesmo que sejam baixas, com cerca de 1,5 metros.
A eletricidade gerada será transmitida por cabo submarino, que descerá ao fundo do mar pelo interior da coluna e seguirá pelo leito marinho até a ilha para conexão à rede elétrica. Renato Nobert, de Furnas, diz que, desse modo, a geração será totalmente no mar, o que torna esta usina a primeira no país a ter esta característica.

Painel Cases de Sucesso de Geração Fotovoltaica em edificações no Brasil. Ideal leva à Renex casos de sucesso de implantação de eletricidade solar

Adotar a eletricidade solar em uma empresa pode trazer benefícios não só para o meio ambiente. É o que pretende mostrar o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal) ao promover o Painel “Cases de sucesso de geração fotovoltaica em edificações no Brasil”, que será apresentado no último dia da Feira Internacional de Energias Renováveis – Renex South America. A Renex ocorre entre 27 e 29 de novembro, em Porto Alegre (RS). Para participar do Painel do Ideal, basta se inscrever acessando o site http://renex-southamerica.com.br/instituto-ideal/ ou enviando um email para info@institutoideal.org, com nome e email. As inscrições são gratuitas.

No painel, representantes de instituições de vários setores, da pesquisa à indústria, vão expor suas experiências na implantação de sistemas de geração de eletricidade solar conectada à rede e abordar também a boa imagem que a adesão à energia limpa pode trazer para as instituições. No espaço, o Ideal vai destacar ainda atividades e ferramentas que têm sido desenvolvidas para a disseminação da energia fotovoltaica. Também será apresentado o 50 telhados, projeto voltado para a instalação de telhados fotovoltaicos e que será assumido pelo Ideal a partir deste mês. O Painel na Renex é voltado para fornecedores de sistemas fotovoltaicos, empresários, gestores industriais e comerciais, investidores e interessados de um modo geral em eletricidade solar.

Esta é a primeira vez que o Ideal organiza um painel em uma feira internacional. Para o presidente do Ideal, Mauro Passos, além de promover a troca de conhecimentos, o espaço reforça a tendência de crescimento da tecnologia fotovoltaica. “A participação do Ideal numa feira como a Renex nos dá certeza de que a energia solar segue no bom caminho. Os preços no mercado vêm caindo e, pela potencialidade que temos, a energia fotovoltaica já se mostra atrativa”, acredita Mauro.

Cartilha será lançada em estande da Renex

O Ideal também terá um estande na Feira, onde serão expostos os principais projetos e novidades do Instituto e serão distribuídos materiais educativos durante toda a Renex. O espaço vai sediar, inclusive, o lançamento da nova cartilha de eletricidade solar produzida pelo projeto América do Sol do Ideal, no dia 27 de novembro. A apresentação da cartilha é aberta para todos os interessados. No estande, será possível ainda tirar dúvidas sobre o biogás e receber um guia prático para geração e utilização desse tipo de energia.

A primeira edição da Renex South America ocorrerá no Centro de Eventos FIERGS, na capital gaúcha, com o objetivo de apresentar as novidades da indústria, tendências, inovação, ideias e atração de investimentos para o mercado brasileiro e latino. O evento teve origem na Alemanha. Além da feira, sessões com autoridades e especialistas vão abarcar questões dos segmentos de energia eólica, fotovoltaica, solar térmica, biocombustíveis e biomassa.

Painel e estande do Ideal
Onde: Renex South America 2013, em Porto Alegre (RS)
Quando: de 27 a 29 de novembro
Quem: interessados em energia fotovoltaica
Inscrições: são gratuitas e devem ser feitas pelo site http://renex-southamerica.com.br/instituto-ideal/ ou enviando um email parainfo@institutoideal.org, com nome e email.

Folha artificial captura energia solar e gera eletricidade

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/11/2013
Folha artificial captura energia solar e gera eletricidade
O sistema híbrido concentra os fótons absorvidos em duas etapas, primeiro nos oligômeros de rênio, e depois no centro de reação de rutênio.[Imagem: Yamamoto et al.]
Cientistas japoneses conseguiram pela primeira vez coletar a energia do Sol usando um número excepcionalmente grande de moléculas coletoras de luz, aproximando-se mais da forma como as plantas coletam a luz solar para produzir seu alimento.
Já que a luz é uma onda eletromagnética, Yohei Yamamoto e seus colegas do Instituto de Tecnologia de Tóquio criaram uma folha artificial que captura a luz usando diversas antenas.
A seguir, a luz é conduzida até um receptor, onde os fótons são efetivamente convertidos em energia, completando o circuito da fotossíntese artificial.
Os painéis solares são formados por milhares de células solares individuais.
No caso da fotossíntese artificial, porém, as "células solares" são muito menores, elas são na verdade "moléculas solares".
Até agora os pesquisadores vinham utilizando sistemas de colheita de luz de uma única etapa, o que limita bastante o número de absorvedores de luz capazes de alimentar um único centro de reação e conversão.
Imitando os sistemas fotossintéticos naturais, Yamamoto coletou a luz de forma muito mais eficiente usando o maior número de "folhas artificiais" registrado até hoje.
São 440 tubos de organossilicato mesoporoso (PMO) ligados por grupos absorvedores de luz bifenila (Bp) com cinco pentâmeros rênio conectados a um complexo trisdiimina de rutênio (Ru-Re5).
Este sistema híbrido - PMO-Bp-Ru-Re5 - concentra os fótons absorvidos em duas etapas, primeiro nos oligômeros de rênio, e depois no centro de reação de rutênio.
Embora represente um avanço histórico no projeto "bioinspirado" da fotossíntese artificial, o uso do rutênio ainda é um entrave à utilização prática do sistema.
Mesmo sendo utilizada apenas uma unidade de rutênio por folha artificial, o elemento é caro demais, e terá que ser substituído para que a abordagem possa produzir os primeiros painéis solares fotossintéticos.