terça-feira, 23 de agosto de 2011

19/08/2011 - 07h30 Energia eólica já é mais barata que térmica a gás no Brasil Publicidade AGNALDO BRITO DE SÃO PAUL

O custo da energia eólica no Brasil, uma das principais fontes renováveis do mundo, já é menor do que o da energia elétrica obtida em termelétricas a gás natural. O governo classificou essa situação como o novo paradigma do setor elétrico brasileiro. Em alguns casos, a energia eólica também tem custo inferior ao das usinas movidas a biomassa de cana. Esse foi o principal resultado dos dois leilões realizados pelo governo entre quarta e ontem, em São Paulo. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) organizou leilões para garantir a oferta de energia às distribuidoras a partir de 2014. Foram contratados 1.929 MW em nova capacidade, que terá de ser montada em três anos. Hoje, dos 110 mil MW de potência instalada no Brasil, 1.000 MW são provenientes de energia eólica. O país tem contratados atualmente, em leilões públicos, 5.700 MW, que serão instalados ao longo desta década. Os preços dessa energia surpreenderam. Os valores por MWh (megawatts/hora) oscilaram entre R$ 99,54 e R$ 99,57 (a térmica a gás, em geral, está acima de R$ 120). Em leilões anteriores, o preço da eólica estava acima de R$ 130 o MWh. Há pouco mais de dois anos, o valor passava de R$ 200 por megawatt-hora. AEROGERADORES A situação do setor começou a virar neste ano. Só com a contratação de ontem, o Brasil viabilizou a montagem de mil aerogeradores. Segundo Maurício Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), existem hoje quatro empresas produzindo aerogeradores no Brasil. "Nos certificamos se essa demanda contratada nos dois leilões poderia ser atendida pela indústria local. E a resposta é que há capacidade para atender", diz. As quatro fábricas têm capacidade anual para montar 2,8 mil MW em aerogeradores, ou 1.400 unidades. Além dessas fábricas, o governo informou que outras quatro empresas discutem com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a instalação de unidades industriais. O consumidor será beneficiado com essa redução de preço, mas o efeito ainda será residual na conta de luz.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

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Alternativas, Manchete Solução para economizar energia

Henrique Bolgue, da UnB Agência – O Brasil emite 2,2 bilhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera todos os anos. Quanto disso é sua responsabilidade? Um invento desenvolvido na UnB permite saber quanto cada aparelho da sua casa gasta de energia, e qual a emissão de carbono correspondente. A Eco2Box foi criada pela IPe, empresa incubada no Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da universidade. O produto coleta informações das tomadas e as direciona ao computador, onde são apresentados gráficos simplificados que mostram inclusive quantas árvores teriam de ser plantadas para compensar aquele banho demorado ou uma noite com a tv ligada. O morador pode ter informações de cada aparelho conectado ao sistema, como geladeiras, televisões e conta também com gráficos de medições diárias, mensais e de variação de gastos. A IPe é formada por ex-alunos do curso de Engenharia de Redes. Eles tiveram a ideia em 2007, mas foi com o apoio do CDT que eles desenvolveram o primeiro protótipo. “Tínhamos formação técnica, mas lá conseguimos uma visão empreendedora e também fizemos diversos contados importantes”, diz Roberto Mascarenhas Braga. Ele diz queo objetivo da empresa com a Eco2Box é auxiliar na redução em até 15% o consumo de energia em casa. O invento baseia-se em tecnologias existentes, mas fornece informações que não eram disponíveis ao morador. “O usuário podia ter medições locais, mas com os dados puros não é possível fazer muita coisa”, explica. Wireless – A Eco2Box utiliza adaptadores plugados às tomadas. Com uma pequena antena, eles enviam as informações sobre o consumo para o aparelho, uma pequena caixa ligada a um computador por um cabo USB. Esta caixa reúne as informações e um programa de computador criado pela empresa faz o cruzamento dos dados. O computador precisa estar conectado à internet para obter o consumo em dinheiro, baseado na taxa de energia de cada estado. O aparelho também identifica problemas em tomadas ou se está havendo desperdício de energia

Secretaria de Habitação entrega apartamentos com aquecimento solar

Rio – A Secretaria Municipal de Habitação entregou nesta terça-feira apartamentos para 210 famílias que moravam na área de risco conhecida como Beira Linha, em Bangu. As unidades integram o condomínio Vivenda das Patativas, em Campo Grande. As famílias viviam em barracos situados nas margens da linha do trem e embaixo do viaduto que dá acesso à Rua Doutor Tamarindo e, agora, vão morar em apartamentos construídos pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”. O Vivenda das Patativas fica na Estrada do Campinho, número 6.891, e tem 210 apartamentos de sala, dois quartos, cozinha, banheiro, área de serviço e aquecimento solar. Com a transferência, a Prefeitura, em parceria com a Caixa Econômica Federal, já reassentou cerca de 4 mil famílias nos empreendimentos do “Minha Casa, Minha Vida”. Fonte: O Dia Online

domingo, 21 de agosto de 2011

18/08/2011 - Energia Alternativa Incentivos à energia solar Carta do Sol vai propor desoneração ao setor, como ocorreu com usinas eólicas

Um pacote de desoneração tributária nos moldes do que foi estruturado para o setor de energia eólica encabeça a lista de propostas da Carta do Sol. O documento elaborado por Coppe/UFRJ e pelas secretarias do Ambiente e do Desenvolvimento Econômico do Rio, que será formalmente apresentado hoje, traz uma dúzia de idéias para expandir a produção e o consumo de energia solar no estado e também no país. A Carta dos Ventos, de 2009, pautou a elaboração do diagnóstico sobre a energia solar. O ponto inicial do documento são os incentivos fiscais. Para Carta do Sol vai propor desoneração ao setor, como ocorreu com usinas eólicas viabilizar os investimentos em parques eólicos no país, o governo federal eliminou o IPI dos equipamentos. A Carta do Sol terá pleito idêntico. Júlio Bueno, secretário de Desenvolvimento, diz que o governo fluminense já estuda medidas de incentivo para atrair investimentos ao estado. "Podemos e queremos incentivar o setor. Já estamos em discussões com o BNDES", diz Bueno, que apresentará a Carta do Sol no Fórum dos Secretários de Energia. Carlos Mine, secretário do Ambiente, diz que o documento já tem o apoio dos governadores Jaques Wagner (BA) e Marcelo Déda (SE). O documento será apresentado a órgãos federais, como os ministérios da Fazenda e Minas e Energia, além da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). "A participação do governo é essencial, porque é de lá que sai a política energética nacional", diz Bueno. Fonte: O Globo Autor: Flávia Oliveira

terça-feira, 16 de agosto de 2011

MME pretende iniciar projeto fotovoltaico piloto ainda neste ano

O Ministério de Minas e Energia espera iniciar ainda neste ano um projeto de geração solar que prevê a instalação de 120 painéis fotovoltaicos. O chamado "120 tetos" vai focar pequenos painéis em unidades consumidoras, ligados à rede de diferentes concessionárias de distribuição de energia. A informação foi adiantada ao Jornal da Energia pelo secretário de planejamento e desenvolvimento energético da pasta, Altino Ventura.

De acordo com Ventura, o projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) servirá como experiência para verificar as trocas de energia que serão realizadas entre consumidores e concessionárias. O secretário afirma que a iniciativa é fruto de um grupo de trabalho montado por ele no ministério e que teve como conclusão uma posição favorável à viabilidade da energia fotovoltaica distribuida.

"É importante que a geração fotovoltica entre na rede, mas depende de quanto tem de sol, de quanto a pessoa está usando. Estamos começando, e como é na área de P&D, tem seu ritmo, sua prioridade", resumiu Ventura.

Nesta quinta-feira (4/8), durante o Energy Summit, no Rio de Janeiro, a gerente de distribuição da Kyocera Solar, Mirian Fonseca, afirmou que, caso projetos como esse sejam implementados em larga escala, é possível reduzir o custo da geração fotovoltaica para níveis abaixo das tarifas cobradas pelas concessionárias de distribuição junto aos consumidores finais.

A executiva revelou que, dentro de um grupo formado pela Associação Brasileira da Indústria Eletrétrica e Eletrônica (Abinee) para discutir a questão solar, as conversas mostram que, caso o governo realizasse um leilão de energia para a contratação de usinas fotovoltaicas, haveria interessados em vender energia a preços abaixo dos R$450 por MWh.

O patamar ainda é bastante superior ao alcançado pelas eólicas, que ficaram a uma média de R$148 por MWh em seu primeiro certame específico, mas pode viabilizar a microgeração. "Se você tranforma isso para R$0,46 por kWh, pode separar mil casas, duas mil casas, para terem telhados solares, e consegue ganhar escala. E, em alguns lugares, como Belo Horizonte, a tarifa final chega a cerca de R$0,55 por kWh", analisou Mirian, lembrando que a paridade pode ser alcançada principalmente pelo fato de a microgeração não enfrentar os tributos que incidem sobre a energia que vem da rede.

Aneel propõe regulamentação para microgeração de energia com fontes renováveis

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou nesta terça-feira (9/8) uma proposta para regulamentar a microgeração de energia incentivada na rede. A ideia é possibilitar aos consumidores a utilização de fontes renováveis, como mini turbinas eólicas e painéis fotovoltaicos. Quem fizer a opção, terá direito a descontos na conta proporcionais à produção própria. O órgão regulador também busca alavancar as usinas solares no País e, para isso, pretende aumentar dos atuais 50% para 80% o desconto na Tust e na Tusd - tarifas de transmissão e distribuição - para as plantas fotovoltaicas e termossolares de até 30MW. Essa mudança seria válida nos dez primeiros anos de operação, com as taxas retornando aos 50% após esse período. As ideias foram apresentadas em relatório do diretor Romeu Rufino e, após votação na reunião da diretoria colegiada da agência, colocadas em processo de audiência pública. A minuta de regulamentação receberá contribuições entre 11 de agosto e 14 de outubro, e contará ainda com uma sessão presidencial em 6 de outubro. Pela proposta da Aneel, seria criado um Sistema de Compensação de Energia, por meio do qual o consumidor com geração distribuída e a distribuidora poderiam trocar energia. O mecanismo, porém, não prevê nenhuma transação financeira. Caso um microgerador produza mais do que consumiu, o montante extra pode ser acumulado e abatido nos meses seguintes. Esse crédito teria validade de doze meses. "Trata-se de um sistema simples de ser implantado pelas distribuidoras, não oneroso para os demais consumidores, no sentido de que não envolve a aplicação de subsídios, e também capaz de viabilizar a geração distribuída", afirma o diretor Rufino, em seu relatório. De acordo com ele, a proposta também é "uma ação de eficiência energética, pois haverá redução de consumo e do carregamento dos alimentadores em regiões com densidade alta de carga, com redução de perdas e, em alguns casos, postergação de investimentos na expansão do sistema de distribuição". A coleta de informações junto às unidades geradoras, envio de fichas técnicas e declaração de operação das plantas serão de responsabilidade das concessionárias de distribuição, que também terão de emitir parecer de acesso, realizar vistoria e liberar a conexão dos microprodutores à rede. Estudos elétricos e operacionais para integração à rede também deverão ser feitos pela distribuidora, sem ônus para o consumidor. Serão considerados empreendimentos de minigeração aqueles com potência entre 100kW e 1MW conectados diretamente à rede, em qualquer tensão, ou através de unidades consumidoras, podendo operar em paralelo ou de forma isolada, sem despacho pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). A microgeração, por sua vez, contempla centrais com até 100kV. A Aneel também coloca na regulamentação a possibilidade de que os geradores passíveis de registro junto à agência sejam colocados como autoprodutores sem a necessidade de contabilização direta na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), uma vez que a complexibilidade e o custo de ser representado na CCEE inviabilizaria os empreendimentos. Com isso, as distribuidoras poderão fazer a contabilidade dos autoprodutores com potência instalada de até 1MW e carga em ponto distinto. A única exigência é que ambas unidades consumidoras tenham o mesmo titular e sejam atendidas pela mesma concessionária. Caso a proposta seja aprovada, após a consulta pública, as distribuidoras terão até 180 dias após a publicação da resolução para elaborar ou revisar normas técnicas para tratar do acesso a minigeração e microgeração distribuída por fontes incentivadas. Deverão ser utilizadas como referência o Prodist, as normas técnicas brasileiras e, de forma complementar, as normas internacionais. Consumidores poderão descontar energia gerada das contas; agência também estabelece desconto de 80% na Tust para usinas solares de até 30MW Por Luciano Costa

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CIDADE EDIFÍCIOS ENERGIA ENERGIA SOLAR JANELAS PAINÉIS PAINÉIS FOTOVOLTAICOS PAINÉIS SOLARES

Os edifícios comerciais mais modernos geralmente são revestidos de vidros espessos (leia caros e resistentes), projetados para o controlar a intensidade solar (leia filmes protetores ou espelhamento). Mas a empresa Pythagoras Solar, de Israel, tem uma ideia melhor: em vez de apenas devolver ou filtrar a luz do sol, eles constroem placas fotovoltaicas integradas nas unidades de vidro. No mundo da arquitetura high-tech, esse sistema é conhecido como PVGU. O mecanismo serve tanto para controlar o ganho de calor quanto para gerar eletricidade. De acordo com o site Jetson Green, o grupo israelense está testando estes painéis num dos andares da Torre Willis (antiga Sears), em Chicago, nos Estados Unidos. Se o projeto-piloto der certo e despertar o revestimento total do edifício, será possível gerar até dois megawatts de eletricidade. Os painéis solares integrados às unidades de vidro funcionam como esquadrias, complementando as janelas. Além disso, oferecem baixo ganho de calor solar e alta densidade de energia, gerando até quatro vezes mais energia elétrica. Segundo a empresa, o PVGU também permite entrada de luz natural e

CONDOMÍNIO SOLAR PRODUZ MAIS ENERGIA QUE CONSOME (Por Mariana Monte Negro em 02/Ag/2011)

O que antes era apenas visto em filmes, agora é possível e está ao alcance – por enquanto, apenas para alguns alemães de sorte. Com consciência ecológica na política empresarial e a ajuda de novas tecnologias, a empresa Sonnenschiff criou nada menos que uma “cidade solar” em Freiburg, na Alemanha.
Projetado pelo arquiteto Rolf Disch a Solarsiedlung, como é chamada, enfatiza a produção de energia incorporando uma série de grandes matrizes solares que se assemelham a toldos. As casas são construídas sob um padrão que permite que toda a cidade produza quatro vezes a quantidade de energia que consome. A energia adicional produzida por meio dos painéis solares, é vendida para o setor público e gera lucro para o condomínio.

Cerca de 52 casas compõem o complexo, que também possui jardins panorâmicos, lojas e escritórios ao longo das ruas que se cruzam. O layout do projeto é baseado na direção que o caminho do sol faz e a energia adicional requisitada no inverno, é provida por uma estação de energia movida à biomassa.
Segundo o site Tree Hugger, além dos painéis fotovoltaicos, os telhados têm sistemas de coleta de chuva, que são utilizados para os banheiros, cozinha e irrigação dos jardins. As unidades também utilizam aquecedores à lenha em época de inverno. É possível dizer, que projeto contribui em nível mundial para uma nova concepção relacionada ao uso cotidiano de energia, e o papel fundamental que a sustentabilidade pode ter na vida das pessoas.