segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Lâmpadas e notebooks: saem os fios, entram as antenas como condutores.

Lâmpadas e notebooks: saem os fios, entram as antenas
A tecnologia SUPA deverá chegar ao mercado em 2014, com previsão de potência suficiente para alimentar tablets e notebooks. [Imagem: Fraunhofer ENAS]
Luz sem fios
Com a ajuda dos LEDs, abajures e luminárias estão se tornando cada vez menores e mais práticos.
E, com a ajuda do design, além de iluminar, estão se tornando peças de decoração bastante atraentes.
O problema é que nada disso combina com um grosso fio que precisa ser estendido até uma tomada, destruindo o apelo visual e eliminando qualquer praticidade.
A solução pode estar na transmissão de eletricidade sem fios, que substitui os fios por antenas.
A viabilidade dessa opção acaba de ser demonstrada por engenheiros do Instituto de Nanossistemas Eletrônicos, da Alemanha.
Eles batizaram sua tecnologia de SUPA (Smart Universal Power Antenna, antena inteligente universal de potência, em tradução livre).
"Sem cabos, você pode colocar suas luminárias em qualquer lugar que você queira sobre a mesa," disse Christian Hedayat, engenheiro responsável pelo projeto.
Antenas inteligentes
A energia é suprida por bobinas instaladas sob o móvel. Cada luminária - ou qualquer outro aparelho com uma exigência de potência compatível - recebe uma antena que capta o campo magnético criado pelas bobinas, gerando a eletricidade por indução.
Mas isto poderia exigir colocar bobinas por baixo de todo o móvel, ou então limitar as posições onde os aparelhos podem ser colocados.
Hedayat e seus colegas encontraram uma solução melhor.
"Nós enchemos uma placa de circuito impresso com várias antenas, de forma que um campo magnético é gerado somente sob a superfície do receptor. As distâncias entre as antenas e suas dimensões foram cuidadosamente ajustadas para produzir um campo homogêneo," explicou ele.
Para que a radiação não seja excessiva, podendo interferir com outros aparelhos, apenas as antenas que estão diretamente sob o aparelho são energizadas, com todas as demais permanecendo desligadas automaticamente.
O grupo agora está trabalhando em um sistema ainda mais inteligente, em que a placa de circuito impressa "conversa" com cada aparelho, recebendo uma identificação que informa se ele deve ser alimentado e qual a potência necessária.
A tecnologia SUPA deverá chegar ao mercado em 2014, com previsão de potência suficiente para alimentar tablets e notebooks.

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/09/2013

Descoberta nova técnica para transformar luz em eletricidade. Energia Solar mais flexíveis.


Descoberta nova técnica para transformar luz em eletricidade
"Você pode imaginar a tinta do seu laptop funcionando como uma célula solar para alimentá-lo usando apenas a luz." [Imagem: Bonnell Lab]
Um novo mecanismo para a extração de energia a partir da luz poderá tornar as tecnologias de energia solar mais flexíveis e permitir a construção de dispositivos optoeletrônicos mais eficientes para telecomunicações.
David Conklin e seus colegas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, trabalham com nanoestruturas plasmônicas - materiais fabricados a partir de nanopartículas metálicas - e moléculas orgânicas sensíveis à luz, chamadas porfirinas, muito usadas nas pesquisas de fotossíntese artificial.
Em 2010, a equipe conseguiu fabricar uma nanoestrutura plasmônica que gera e distribui uma corrente elétrica através de um encadeamento molecular.
Tinta que gera energia
Agora, o grupo provou que a conversão das radiações ópticas - a luz - em uma corrente elétrica deveu-se aos chamados "elétrons quentes", produzidos pelos plásmons de superfície, e não à própria molécula porfirina.
"Em nossas medições, em comparação com a fotoexcitação convencional, observamos aumentos de três a 10 vezes na eficiência do nosso processo," disse a professora Dawn Bonnell, orientadora do estudo. "E nós nem sequer otimizamos o sistema. Em princípio, você pode imaginar um enorme aumento na eficiência."
A grande vantagem dessa técnica é que o processo de "coleta" dos elétrons quentes induzidos pelos plásmons de superfície pode ser configurado para diferentes aplicações simplesmente alterando o tamanho e o espaçamento das nanopartículas.
Com isso, altera-se o comprimento de onda da luz a que os plásmons respondem.
"Você pode imaginar a tinta do seu laptop funcionando como uma célula solar para alimentá-lo usando apenas a luz," disse Bonnell. "Esses materiais também poderão otimizar os dispositivos de comunicação, tornando-se parte de circuitos moleculares eficientes."
Células solares plasmônicas
Plásmons de superfície são oscilações coletivas de elétrons induzidos pela incidência da luz sobre uma superfície metálica.
O fenômeno é tão interessante que já resultou na criação de uma nova área de pesquisas, chamada plasmônica.
O que os pesquisadores fizeram agora foi demonstrar que essas oscilações conjuntas de elétrons liberam de fato elétrons - os tais elétrons quentes -, formando uma corrente elétrica que se move em um padrão que é determinado pelo tamanho e pela disposição das nanopartículas metálicas.
"Estamos entusiasmados por termos encontrado um processo que é muito mais eficiente do que a fotocondução convencional", concluiu Bonnell.
Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/09/2013