segunda-feira, 13 de agosto de 2012

DNA dá nova vida à luz dos LEDs


DNA de salmão

O nome eletrônica orgânica sempre causa confusão, com os semicondutores à base de carbono sendo confundidos com coisas vivas.

Talvez agora a confusão aumente um pouco, uma vez que James Grote, da Universidade de Dayton, nos Estados Unidos, usou DNA para construir um LED.

E os ganhos não foram poucos: o LED de DNA tem uma luz mais agradável aos olhos humanos - é uma luz mais "quente" -, é mais brilhante, consome menos energia e tem uma vida útil mais longa.

Não se trata de nenhum "LED vivo", mas a mudança é inusitada: o pesquisador substituiu a camada fosforescente do LED, geralmente feita com uma mistura à base de epóxi, por uma camada de ácido desoxirribonucleico (DNA), processada a partir de ovas e esperma de salmão.

Esse DNA processado é um produto já disponível comercialmente, fabricado no Japão a partir de resíduos da indústria pesqueira.

Embora a produção seja pequena, mais voltada para pesquisas, o fato de usar como matéria-prima algo que é descartado pela indústria torna o material potencialmente muito barato.

LED de DNA

O mais surpreendente do resultado dessa substituição de epóxi por DNA é que a camada de epóxi não é exatamente o material ativo emissor de luz.

O LED de DNA continua sendo feito com o semicondutor nitreto de gálio, que emite luz azul.

Contudo, "a fluorescência do filme baseado em DNA é 100 vezes maior do que a fluorescência do filme original", diz o pesquisador.

"O DNA inicialmente era solúvel somente em água, assim ele foi primeiro precipitado com CTMA para torná-lo insolúvel em água, mas dissolúvel em solventes orgânicos. Depois de dissolver o DNA-CTMA em butanol, nós simplesmente misturamos [esse composto] com o pó de YAG:Ce," disse Grote.

CTMA é a sigla de cloreto de hexadeciltrimetilamônio. E YAG:Ce refere-se a um composto - a granada de alumínio-ítrio dopada com cério - usado para converter a luz originalmente azul do LED em luz branca.

Conversão de luz no LED

A luz originalmente azul emitida pelo semicondutor nitreto de gálio excita o YAG:Ce, fazendo com que uma parte da luz azul seja convertida para uma luz amarelada.

A luz amarela estimula os receptores vermelho e verde dos olhos, e a mistura resultante de azul e amarelo nos dá a impressão de estar vendo uma luz branca. Uma luz branco-azulada, na verdade, chamada de "luz fria", que não é a mais agradável aos olhos humanos.

O novo material à base de DNA converte a luz emitida pelo semicondutor em uma luz mais avermelhada, reduzindo ou até eliminando o componente azul, fazendo com que o LED emita uma luz branca "quente".

Além disso, a camada de DNA mostrou-se mais resistente à degradação do que a camada original, o que significa que o LED terá uma vida útil ainda maior.Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/08/2012

INVESTIDORES ESTRANGEIROS VEEM BRASIL LÍDER ENERGÉTICO EM 2020


Um relatório que reúne as impressões de 250 executivos mudialmente influentes e uma análise do comportamento dos investimentos estrangeiros no Brasil desde 2007 revela que o setor de energia continuará como um dos carros-chefe da economia nacional, podendo atrair ainda mais olhares nos próximos anos. De acordo com a primeira edição do estudo Brazilian Attractiveness Survey, realizado pela Ernst & Young, 30,1% dos entrevistados disseram esperar ver o País como líder global em energia até 2020.

O grupo, que aponta a descoberta das reservas pré-sal como um dos principais fatores que puxará o desempenho positivo, considera ainda haverá uma “uma melhoria substancial da infraestrutura do país”. Para 24% dos executivos, o Brasil também se tornará um líder em economia verde. No geral, 78% dos entrevistados apontaram o País como o destino mais atrativo para investimentos estrangeiros diretos e 83% disseram crer no aumento da atratividade brasileira nos próximos três anos.

A Ernst & Young destaca que “o país atende quase 50% de sua demanda de energia através de fontes renováveis”, tendo hoje 15,3GW de capacidade instalada só de energia limpa. O número coloca o Brasil no ranking dos 10 países mais eficientes no setor.

O estudo acrescenta ainda que a estratégia brasileira aponta para mais 11,5GW a serem instalados até 2019, com maior atenção à energia eólica e à biomassa. Por outro lado, o relatório coloca que o Brasil deve “diversificar sua matriz para enfrentar desafios como o desmatamento e o deslocamento da população" na construção de hidrelétricas e evitar problemas com interrupções de energia.

“O Brasil também pretende ter medidores inteligentes instalados em cada casa até 2020”, frisa o relatório da Ernst & Young, que diz que isso ajudará o país a atingir uma redução de 40% nas emissões de carbono pelo setor elétrico.

Entre os projetos que devem contribuir com um melhor desenvolvimento e atratividade das cidades brasileiras, trazendo visibilidade para os investidores estrangeiros, estão listadas grandes obras de infraestrutura, como a própria construção de usinas e de capacidade e transmissão de energia.

Melhoria do desempenho
De acordo com o Brazilian Attractiveness, apesar da previsão de instabilidade econômica global, o Brasil teve recorde de projetos em 2011, se estabelecendo como o segundo destino global mais popular para investimentos estrangeiros e o quinto em números de empreendimentos.

O valor e o número dos projetos triplicaram desde 2007, passando de US$19 bilhões para US$63 bilhões; e de 165 iniciativas para 507. Mas o documento também lista quesitos em que o País precisa melhorar: formação acadêmica e tecnológica; incentivos fiscais para empresas inovadoras; desenvolvimento de parcerias na área de pesquisa, entre outros.
13/08/12 - Estudo da Ernst&Young ouviu 250 executivos influentes em todo o mundo.
Jornal da Energia - 10/08/1