domingo, 31 de julho de 2011

São Paulo, 29 de Julho de 2011 - 14:06 Turbinas eólicas chinesas podem marcar presença nos leilões de energia de agosto Fabricantes do país negociam pré-acordos com geradores; preços atraem, mas financiamento aparece como entravePor Paulo Silva Junior

Sinovel: lider de mercado no oriente
Os leilões de energia A-3 e de reserva marcados para daqui a três semanas podem estabelecer um novo momento para o mercado de energia eólica no País. Os fabricantes chineses, sempre lembrados pelo grande poder de competitividade, aterrissam em solo brasileiro em passos cada vez mais firmes, a ponto de estarem bastante próximos de agarrar novos projetos no Brasil. Tanto que a Eletrosul, que tem se destacado pela agressividade no setor, admite a possibilidade real de fechar contratos com fornecedores da China, ao mesmo tempo que autoridades da área confirmam uma grande incidência de parcerias pré-leilão entre geradores locais e fabricantes do outro lado do mundo.

No caso da estatal do grupo Eletrobras, o momento é de análise das condições. Em conversa com o Jornal da Energia nesta quinta-feira (28/07), o assistente da direção de Engenharia, Airton Silveira, afirmou que a companhia "está em fase avançada"nas negociações e que um representante está indo para a China a fim de levantar alguns detalhes adicionais sobre a viabilidade da contratação. "Eles têm o grande diferencial que é a produção em larga escala, o que torna o preço bastante competitivo. Mas somente o preço mais baixo não é suficiente frente à oferta nacional".

O gargalo apontado pelo especialista da Eletrosul diz respeito ao financiamento dos projetos. "Na relação com os fabricantes nacionais, temos a vantagem de utilizar o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], o que não é possível importando. Então você analisa as propostas ao máximo para ver, no ponto de vista do negócio, se é conveniente fechar com eles". Sem contar com o principal banco fomentador do segmento, haveria então duas saídas para viabilizar o acerto, conforme explica o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo Simões.

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