segunda-feira, 1 de abril de 2013

Governo vê competitividade para fonte solar no horizonte do PDE 2021 Documento destaca que centrais de geração distribuída (micro e minigeração) já têm preços viáveis


Crédito: getty
Pela primeira vez, considerando os Planos Decenais de Energia publicados nos últimos anos, a fonte solar parece ter conquistado uma atenção maior por parte do Governo Federal. Segundo o Plano Decenal de Expansão da Energia (PDE) 2021, aprovado nesta semana pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a geração fotovoltaica poderá torna-se competitiva no horizonte do plano, ou seja, nos próximos dez anos.
Segundo o PDE, apesar dos custos da tecnologia ainda serem elevados, eles “têm registrado acentuada queda nos últimos anos, com tendência de continuidade futura, principalmente na geração fotovoltaica”. O PDE 2021 coloca ainda que o avanço da solar “cujo desenvolvimento é desejável”, depende da evolução de sua competitividade perante as demais fontes. O documento destaca a potencialidade que o país tem para aproveitar a tecnologia fotovoltaica. “O território brasileiro tem elevado potencial para a conversão da fonte solar em energia elétrica, com irradiação global média anual entre 1.200 e 2.400 kWh/m²/ano”, descreve o texto. Para se ter ideia, em países europeus, tradicionais na exploração desta fonte, os valores variam, respectivamente, nas faixas 900-1.250 e 1.200-1.850 kWh/m²/ano.
O plano decenal já considera a entrada da solar na matriz de energia elétrica brasileira concentrada em centrais solares, mas ressalta que na geração distribuída (micro e mini-geração), ela já é competitiva. “O custo de geração fotovoltaica distribuída já alcançou paridade com as tarifas na rede de distribuição em algumas áreas de concessão”. O MME analisa que a instalação de painéis solares pelos consumidores poderá se tornar viável em alguns anos, mas que ainda é difícil estimar a magnitude da inserção da tecnologia por aqui.
Nordeste
Apesar do plano considerar que as centrais solares fotovoltaicas terão uma dificuldade maior para se tornarem competitivas ante outras fontes que participam dos leilões de energia nova, ele destaca que caso elas apresentem a esperada queda nos custos, a “região com maior potencial para receber as usinas é o Nordeste, principalmente em seu interior”, finaliza.
Jornal da Energia 
Por Fabíola Binas

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