sábado, 9 de março de 2013

Parque Villa-Lobos em São Paulo terá usina de energia solar

A usina vai custar R$ 13,3 milhões e estará em funcionamento em dezembro de 2013

Projeto voltado para energia solar será implantado em São Paulo em 2013.
Uma pequena usina de energia solar será instalada no Parque Villa-Lobos, zona oeste paulistana, para abastecer diretamente a rede elétrica. O projeto será um experimento para o uso da energia fotovoltaica no abastecimento urbano.
De acordo com o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, um dos principais diferenciais do uso de energia solar será o abastecimento direto da rede, sem o uso de transformador. “Tem muito uso de energia solar no Brasil para geração de calor, para esquentar a água, esquentar a piscina. Mas para geração de energia elétrica é um projeto pioneiro”.

A usina, que vai custar R$ 13,3 milhões, começará a ser instalada em julho de 2013 e entrar em funcionamento em dezembro. Desenvolvido pela Companhia Energética de São Paulo – CESP, o projeto contará com 3 mil placas de captação. Os painéis inseridos no Parque Villa Lobos fazem parte das 18 propostas de empresas do setor elétrico aprovadas no ano passado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL com o objetivo de tornar a energia solar economicamente viável no País, em investimentos que chegam a quase R$ 400 milhões. A intenção é de reduzir a um terço o custo de R$ 300 por megawatt/hora atuais da energia de origem fotovoltaica que, chegando a R$ 100, estaria no mesmo patamar da energia eólica.
Funcionamento – Em uma área de 10 mil metros quadrados que será anexada ao Parque, serão instalados 2.500 painéis solares fixos para a criação da mini usina. O empreendimento, com capacidade de 500 quilowatts, ajudará os pesquisadores a formar uma base de dados mais apurada sobre o potencial de irradiação e a produção deste tipo de energia na cidade. “Em geral, as outras energias produzidas em centrais têm o transformador, você tem um equipamento que coloca na voltagem correta para entrar na linha de alta tensão. E, no caso, como é uma pequena quantidade de energia, vai se tentar colocar (essa energia na rede) sem esse equipamento”, disse o secretário.
Utilizando uma tecnologia desenvolvida pelo engenheiro Rafael Herrero Alonso, do Laboratório de Sistemas Integráveis, seis postes serão espalhados para o fornecimento de internet Wi-Fi a partir de eletricidade solar. Outros painéis solares fixos serão instalados no local principal do parque e no prédio da administração. A experiência com nove painéis do tipo seguidor solar, no entanto, terão maior impacto visual. Segundo os idealizadores, a ideia de instalar estas placas de 5×2 metros, com capacidade de 50 quilowatts, em meio ao espaço de circulação, é também aproximar o público dos mecanismos de energias renováveis.

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